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O ex-presidente Evo Morales, que governou a Bolívia entre 2006 e 2019, voltou a pedir neste domingo, 17, que os eleitores anulem seus votos como forma de expressar rejeição ao pleito deste ano. A declaração foi feita em meio ao processo eleitoral que pode mudar o cenário político do país.

Em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), Morales atacou três dos principais candidatos à presidência: Jorge “Tuto” Quiroga, Samuel Doria Medina e Manfred Reyes Villa. Segundo o ex-presidente, todos seriam “perdedores contumazes”, já que nunca venceram uma eleição presidencial na Bolívia.

Além das críticas aos opositores, Morales voltou a atacar o atual presidente Luis Arce, afirmando que só não está na disputa porque Arce teria “roubado” o Movimento ao Socialismo (MAS), partido que governa o país há quase duas décadas, com exceção do período entre 2019 e 2020, quando Jeanine Áñez assumiu interinamente a presidência.

As últimas pesquisas eleitorais na Bolívia apontam vantagem para nomes de direita em relação aos candidatos do MAS e de outros grupos da esquerda. Esse movimento pode representar a maior derrota da legenda desde a chegada de Evo Morales ao poder em 2006.

Além do embate político, Evo Morales enfrenta um mandado de prisão desde o fim de 2024, acusado de envolvimento em um caso de estupro contra uma menor de idade. Atualmente, o ex-presidente vive em local desconhecido, protegido por apoiadores, e segue afastado da vida pública.