“Poderei indicar dois ministros ao STF. Um será terrivelmente evangélico”, afirmou Bolsonaro
10 julho 2019 às 11h12

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Primeira vaga ficará disponível em novembro de 2020, após aposentadoria de Celso Mello

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, nesta quarta-feira, 10, que indicará para uma das vagas do Supremo Tribunal Federal (STF) um nome “terrivelmente evangélico”. A fala foi feita durante uma cerimônia da bancada evangélica promovida na Câmara dos Deputados.
“O Estado é laico, mas somos cristãos. Como diz a ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, nós somos terrivelmente cristãos”, disse. Em outra ocasião, quando participou de um evento da igreja Assembleia de Deus, em Goiânia, Bolsonaro já havia cobrado a presença de um ministro evangélico no Supremo.
Até o fim de seu mandato, o presidente poderá indicar dois nomes ao STF, os quais devem passar pela aprovação do Senado. A primeira vaga que ficará livre é a de Celso Mello, que completa 75 anos em novembro de 2020, atingindo, portanto, a idade da aposentadoria obrigatória. A segunda vaga disponível será a de Marco Aurélio, que se aposentará em julho de 2021.
Atualmente, o Supremo é composto por maioria católica, ao menos sete ministros, por dois judeus e nenhum evangélico. O presidente chegou a dizer que havia prometido uma vaga ao atual ministro da Justiça, Sergio Moro, mas, posteriormente Bolsonaro negou haver qualquer acordo.
Até 31 de dezembro de 2022, quando se encerra seu mandato, Bolsonaro poderá fazer ao menos 90 nomeações em 35 tribunais.