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Governador diz que coronavírus foi politizado, mas que o estado se propõe a auxiliar prefeitos nas decisões que tomarem sobre medidas de contenção da pandemia

Governador Ronaldo Caiado (DEM) | Foto: Reprodução

Em reunião com 32 prefeitos de municípios goianos, transmitida ao vivo pelo Facebook, no final da tarde desta segunda-feira, 18, o governador Ronaldo Caiado (DEM) disse que irá se curvar à decisão dos mandatários locais. Ele também falou que houve politização da pandemia de coronavírus e que decreto poderia virar “letra morta”.

Caiado alertou para a possibilidade de haver aumento de contaminação por coronavírus a partir da Região Norte do país. O que pode deixar o sistema de saúde do norte goiano colapsado. O governador salientou que várias cidades do Tocantins já decretam lockdown devido o crescimento de casos de Covid-19 no Pará.

Assim, municípios como Porangatu e Campos Belos de Goiás, na divisa com o Tocantins, ficariam desassistidos, pois não há leitos e equipamentos suficientes na região.

“Não adianta ter excesso de leito em Goiânia. Um doente de síndrome respiratória aguda grave não aguenta uma viagem de 500 km a partir do norte goiano”, explicou. “Não temos regionalização no nosso sistema de saúde. Só temos hospitais de média e alta complexidade em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis”, apontou o governador.

Caiado, no entanto, salientou que vai fortalecer os hospitais dos pontos considerados mais críticos do estado. “Como governador vou atuar nas regiões mais críticas, como o Entorno, e abrir o mínimo de apoio de Porangatu. Não tem como atender de imediato a Campos Belos, infelizmente. São Luiz de Montes Belos vou tentar dar um suporte”.

Após a fala de Caiado, ele abriu a palavra para que os prefeitos se manifestassem e sugerissem medidas para o enfrentamento ao coronavírus no estado.

Prefeitos

O prefeito Iris Rezende (MDB) salientou que a parceria entre o município o governo estadual está ajudando “a conter o vírus”. Ele lembrou que dos 40 leitos preparados para receber pacientes de Covid-19 no Hospital e Maternidade Célia Câmara apenas 18 ocupadas. Isso mostraria, segundo ele, que a contenção da doença está dando certo.

“Nunca vivi um momento tão preocupante quanto o que estamos vivendo. Com ação do governo estadual e da prefeitura estamos conseguindo conter o avanço da doença. A população está atendendo o nosso apelo”, afirmou.

Gustavo Mendanha (MDB), prefeito de Aparecida de Goiânia, salientou que o município “fez o dever de casa”, ao aumentar a capacidade de leitos, ampliar número de testes nos habitantes e firmar parceria com o Hospital Sírio Libanês e que estuda um escalonamento para o funcionamento do comércio.

“Não solicitamos mais leitos do Hospital de Campanha para contribuir com as cidades do Entorno ou que não tem leitos. Fizemos fechamentos de praças e parques e estamos discutindo escalonamento, mas por segmentos em vez de horários. Tudo isso aliado com rigorosa fiscalização. Aparecida de Goiânia está em um momento diferente no estado”, diz.