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Apesar da crítica, a ex-presidente disse que se tivesse continuado seu governo teria feito uma reforma da Previdência, mas com texto diferente do proposto pela equipe de Paulo Guedes

Foto: Reprodução

Em entrevista exclusiva ao portal UOL, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) é “neoliberal e neofascista”. “Essa visão incomoda o centrão, a direita mais civilizada, a centro-direita”, explicou.

Segundo ela, os partidos que compõem esse grupo imaginavam que “poderiam tutelar o Bolsonaro, que iriam conseguir fazer com que se civilizasse um pouco. E não os constrangesse com as manifestações toscas”.

No entanto, avalia que o presidente é útil às reformas que considera “neoliberais”. E é por esse motivo que ela prevê um cenário de “política de desprezo por direitos sociais, humanos e trabalhistas e pelo meio ambiente no País”.

Apesar da crítica às reformas, Dilma, que foi presidente do Brasil de 2011 a 2016, quando sofreu um impeachment, disse que se tivesse continuado teria feito uma reforma da Previdência. Todavia, o texto seria diferente do proposto pela equipe de Paulo Guedes e modificado pelos deputados na Câmara.

Sobre o PT, disse que ela e Lula querem “passar o bastão” e não prevê nova candidatura nos próximos anos.