COMPARTILHAR

Comerciantes têm receio de perder posto de segundo lugar nas vendas no País

Rua da Região da 44 com comércios fechados | Foto: Fernando Leite

O presidente da Associação Empresarial da 44 (AER44), Jairo Gomes, vê com aflição a abertura do Brás, em São Paulo, um dos principais concorrentes dos lojistas e comerciantes do polo de modas goiano. Segundo ele, a conquista do segundo lugar em vendas no País pode ir por água abaixo caso as medidas de isolamento social continuem decretando o fechamento da 44.

“Nossos clientes, conquistados à duras penas, sem ajuda governamental, estão indo embora e não podemos fazer nada”, diz Jairo. “Goiânia virou uma ilha. Enquanto permanecemos fechados, outras cidades abrem sem ter o número de casos de Covid-19 aumentado descontroladamente”, aponta.

Determinação da prefeitura de São Paulo permitiu que o comércio popular fosse aberto já na quarta-feira, 10. Assim, comerciantes ambulantes e lojistas voltaram a vender roupas. A região é um dos principais pontos de venda deste tipo de produto no país e concorrente direto da região da 44, em Goiânia.

A capital paulista está na chamada fase laranja do plano gradual de flexibilização de quarentena. Por lá, a permissão também de abertura de shoppings, com público e horário reduzido

Pressão

Diante disso, a AER44, em parceria com o Fórum Empresarial, faz campanha para que a retomada das atividades seja feita na próximo dia 22. Segundo Jairo, é uma data boa por respeitar os 15 dias solicitados pela Secretaria Municipal de Saúde para monitorar o aumento da doença em Goiânia.

Na semana passada, o Fórum Empresarial esteve reunido com o prefeito Iris Rezende (MDB) no Paço Municipal na tentativa de avançar nas tratativas para a retomada do comércio na capital. Na quarta-feira, a entidade realizou ato na tentativa de sensibilizar o poder público para a abertura do comércio goianiense.