“Estamos privados de trabalhar no mês de maior movimento”, diz permissionário do Mutirama
11 julho 2019 às 13h50

COMPARTILHAR
Projeto que adia licitação seria votada nesta quinta, 11, mas agora voltará a ser discutida somente após o recesso parlamentar

A questão dos permissionários do Mutirama segue sem solução. Aberto após dois anos de inatividade, o local conta agora com food trucks para atender os visitantes, e não há previsão para que os antigos vendedores voltem ao parque.
“O projeto foi votado por unanimidade nesta Casa, por todos os vereadores, foi para a sanção do prefeito, e o que ele fez? Vetou. Voltou para cá, o presidente nos garantiu que derrubaria o veto, mas tem que passar por uma votação, de no mínimo 23 vereadores. Estava combinado para ser hoje a votação, porque a Casa entra em recesso hoje e só volta daqui a 15 dias. Prenderam, seguraram o projeto lá na CCJ, falaram que só depois do recesso vão colocar em prática”, afirmou um dos permissionários, Francisco Carlos, o Carlão.
Eles alegam que ainda havia seis meses de contrato quando o parque fechou: “Saímos com a boca meio amarga, quem está com fome hoje não pode esperar mais”.
Nesta quinta-feira, 11, os trabalhadores vão se encontrar com o presidente da Agência Municipal de Turismo Eventos e Lazer (Agetul), Urias Júnior. “Ainda temos uma esperança, vamos hoje conversar com o presidente, ou ele tira aqueles que estão lá trabalhando e coloca a gente, ou nenhum dos dois. Deixa sem permissionários lá dentro”, declarou.
Os trabalhadores falaram ainda da questão da gratuidade da entrada no parque: “Como o prefeito dá uma bilheteria de três milhões nas férias de julho, de graça, enquanto estamos em um caos na Saúde, Segurança, Educação, mais de 300 obras inacabadas, que não tem dinheiro para terminar? Por que bilheteria gratuita se não tem condições de consertar os brinquedos? Estamos sendo privados de trabalhar no mês de maior movimento, que é o mês de julho”.
Os permissionários lamentam o fato de que a maioria trabalha no local há muitos anos, e, portanto, já têm idade avançada. “Fazemos parte da história do Mutirama, a maioria das pessoas lá é idosa, onde vão conseguir outro emprego?”, finalizou.
O Jornal Opção entrou em contato com a prefeitura e aguarda posicionamento.