EUA saem na frente ao digitalizar arquivo pessoal de Gabo
06 janeiro 2016 às 10h59

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Gabriel García Márquez é um dos escritores mais importantes do século 20; e não apenas por ter vencido o Nobel de Literatura em 1982, mas porque o conjunto de sua obra possui magnitude e representa não apenas a América Latina, mas a vida contemporânea.
E, como escritor referência, o interesse por Gabo é quase natural, sobretudo para aqueles que têm uma relação mais próxima com a literatura. Por isso, a Universidade do Texas anunciou que irá, a partir de junho, começar a digitalizar o arquivo pessoal do colombiano para torná-lo público.
O projeto, que deve levar 18 meses para ser concluído, se chama “Compartilhar Gabo com o mundo” e partiu de uma organização sem fins lucrativos com sede em Washington. A universidade adquiriu o arquivo de Gabo por 2 milhões de euros, da família do escritor, em novembro de 2014 — sete meses depois do falecimento do escritor na Cidade do México.
Dessa forma, a expectativa é de que no final de 2018 todo o material esteja disponível online. São 24 mil páginas em documentos, entre manuscritos, fotografias, cadernos e cartas, que se encontram guardadas em 78 caixotes no Centro Harry Ransom, em Austin, também nos Estados Unidos.
Os estadunidenses provam, assim, mais uma vez porque têm relevância para a pesquisa no mundo ao passo em que deixam evidente a falta de interesse das universidades latino-americanas pelo trabalho de seus escritores. E se é assim nos países hispânicos, imagine no Brasil…