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Com criação de 16.614 postos de trabalho, resultado goiano é quase três vezes maior que o do segundo colocado, o Mato Grosso

Goiás foi o Estado que mais gerou emprego no primeiro semestre deste ano no País. Conforme informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), foram abertos 16.614 postos de trabalho no mercado formal de janeiro a junho de 2016 (1,37% maior que no mesmo período de 2015). O resultado é quase três vezes maior que o do segundo colocado, o Mato Grosso, que encerrou o período com 5.730 vagas. 

Os setores da agropecuária (9.868) e da indústria da transformação (6.057) foram os responsáveis por puxar o balanço positivo de Goiás nos últimos seis meses. Para a gestão estadual, os bons resultados também são frutos da política do governador Marconi Perillo (PSDB) de incentivos fiscais e a de atração de novas empresas.

Os setores produtivos de Goiás e de Mato Grosso foram os únicos a registrarem um resultado de admitidos maior que o de desempregados neste período no Brasil. São Paulo (-137.634), Rio de Janeiro (-104.818) e Pernambuco (-52.717) apresentaram os piores resultados do semestre.

Para especialistas, o resultado negativo na grande maioria dos estados é um dos efeitos da crise econômica que o País atravessa, marcada por forte retração do setor produtivo e, por consequência, diminuição das contratações.

Apenas no último mês de junho, foram gerados em Goiás 3.369 empregos celetistas. Isso significa uma expansão de 0,28% em relação ao estoque de assalariado com carteira assinada do mês anterior. Os setores de atividade que mais contribuíram para essa expansão foram agropecuária (1.860), serviços (1.102) e indústria da transformação (1.019).

Enquanto em Goiás e em Mato Grosso o mercado contrata mais, no resto do País os desligamentos são maiores. No acumulado do primeiro semestre, o Brasil contabiliza saldo de 531.765 postos fechados. Este é o pior resultado para o período desde o início da série, em 2002. No acumulado dos últimos 12 meses (junho de 2015 a junho de 2016), o País fechou 1.765.024 postos de trabalho.