Esquerda realiza ato em São Paulo contra anistia a golpistas e em defesa da soberania nacional

07 setembro 2025 às 12h57

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Centrais sindicais, partidos de esquerda e movimentos sociais realizaram, na manhã deste domingo, 7, um ato na Praça da República, no Centro de São Paulo, em defesa da soberania nacional e contra a concessão de anistia a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O evento foi organizado como resposta às manifestações convocadas por bolsonaristas no feriado da Independência.
Participaram da mobilização os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Luiz Marinho (Trabalho), além do presidente nacional do PT, Edinho Silva. Também marcaram presença os deputados federais Guilherme Boulos e Érika Hilton (PSOL), o presidente estadual do PT, deputado federal Kiko Celeguim, o deputado estadual Antônio Donato (PT) e a vereadora Silvia, da Bancada Feminista (PSOL).
Por volta das 11h, sob céu nublado e temperatura de 18 °C, o ato ocupava parcialmente a praça e parte da avenida Ipiranga. Manifestantes levaram faixas e bandeiras exigindo a condenação de Bolsonaro e rejeitando qualquer tipo de perdão aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O tema da soberania nacional foi central nas falas, reforçado após a decisão do governo dos Estados Unidos de impor taxa de 50% a produtos brasileiros, medida interpretada por lideranças como uma tentativa de influenciar o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF).
Críticas a Tarcísio e Bolsonaro
O deputado Kiko Celeguim criticou a defesa da anistia feita pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Uma anistia não interessa ao país, interessa a um grupo pequeno. Como pode o governador do estado mais rico do país trabalhar no meio do dia para tentar articular essa pauta que confronta a Constituição?”, questionou.
Já Antônio Donato classificou Tarcísio e Bolsonaro como “traidores da pátria”, enquanto a vereadora Sílvia chamou os opositores de “capachos do Trump”.
Outras reivindicações
Além da pauta contra a anistia, os organizadores também defenderam:
- taxação dos mais ricos;
- isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês;
- redução da jornada de trabalho sem corte de salários.
Essas bandeiras já vinham sendo levantadas por centrais e movimentos de esquerda desde o início do ano.
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