Esquema com empresas de fachada fraudava licitações em Caçu

20 agosto 2025 às 09h46

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Um grupo especializado em fraudar licitações em Caçu foi desarticulado pela Polícia Federal nesta quarta-feira, 20. Segundo o delegado Jorge Florêncio, os envolvidos criavam empresas de fachada, sem estrutura e aparentemente usando nomes de laranjas, para simular uma disputa licitatória nos editais da Prefeitura. No entanto, as concorrentes eram controladas pelo mesmo núcleo decisório.
“Era uma forma de manipular para que sempre uma dessas empresas criadas de fachada elas conseguissem ser vencedoras. Uma delas era sempre escolhida para ser vencedora principalmente no fornecimento de materiais elétricos e de construção”, disse o delegado.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira, 20, em Goiânia e em Caçu, de acordo com pedidos da Justiça de Goiás. A Operação Dominus Consortium apreendeu o material que auxiliará na investigação e serão analisados para identificar outros envolvidos com a prática. Segundo a Polícia Federal, a prefeitura de Caçu não é investigada.
A investigação começou em novembro de 2023. Segundo o delegado, o grupo atuou no crime de 2020 a 2024. Segundo o delegado, os investigados devem responder pelos crimes de frustração do caráter competitivo das licitações e também por associação criminosa. O nome dos suspeitos não foram divulgados, por isso, o Jornal Opção não conseguiu localizar a defesa deles.
Essa prática criminosa prejudica o principal objetivo de uma licitação, de acordo com o delegado, que é selecionar a proposta mais vantajosa para a administração pública, que entregue os serviços, bens ou obras com qualidade e com o melhor preço possível. “Essa conduta fere princípios como a legalidade, a moralidade e a competitividade no âmbito das licitações”, disse.
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