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As Salas Lilás, espaços especializados no acolhimento humanizado de vítimas de violência de gênero, atingiu um índice de aprovação superior a 90%. Os dados são do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e da Polícia Científica.

A pesquisa de satisfação, realizada entre março e julho de 2025, ouviu mulheres, crianças, adolescentes e pessoas LGBTQIAPN+ atendidas nas unidades.

Entre os principais resultados da pesquisa:

  • 87,9% das pessoas atendidas se declararam totalmente satisfeitas com o atendimento médico.
  • 90,9% avaliaram como totalmente satisfatório o atendimento de outros profissionais de saúde.
  • 84,8% aprovaram totalmente o espaço físico.
  • 42,5% registraram elogios espontâneos à equipe.

“Essas unidades desempenham um papel fundamental no enfrentamento à revitimização e no acolhimento digno das vítimas em momentos de grande sofrimento”, afirmou o secretário de Saúde, Rasível Santos.

Redução de feminicídios e estupros em Goiás

A atuação das Salas Lilás também se alinha a uma tendência positiva de redução dos índices de feminicídio e estupro no estado de Goiás, conforme dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO). Em 2018, o estado registrou:

  • 30 casos de feminicídio, número que caiu para 23 em 2025, representando uma redução de 23,3%.
  • 403 casos de estupro, número que caiu para 340 em 2025, uma redução de 15,6%.

“Ao oferecer escuta qualificada e atendimento multidisciplinar, contribuímos para o rompimento do ciclo da violência e para a responsabilização dos agressores”, ressaltou o superintendente da Polícia Científica, Ricardo Matos.

As Salas Lilás são implantadas em unidades de Medicina Legal da Polícia Científica e oferecem um ambiente acolhedor, seguro e com privacidade. A proposta é integrar os serviços de saúde com os procedimentos médico-legais.

Desde a criação do projeto, em 2021, mais de 8.129 pessoas foram atendidas. A estrutura conta com uma equipe multiprofissional composta por médicas legistas, policiais civis mulheres, psicólogas, assistentes sociais, enfermeiras e técnicas de enfermagem.

Atualmente, 44 servidoras da SES estão designadas ao programa por meio da Gerência de Atenção às Populações Específicas (GERPOP). A cor lilás, símbolo da luta contra a violência de gênero, inspira o nome do projeto.