Escolas de Goiânia sofrem com falta de pedagogos e concursados exigem convocação
09 fevereiro 2018 às 16h03

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Novo chamamento marcado para este mês não prevê profissionais da categoria. Processo está na Secretaria de Finanças

Segundo Termo de Acordo de Conduta (TAC) firmado entre prefeitura de Goiânia e Ministério Público de Goiás (MP-GO), está previsto para fevereiro o chamamento de mais 1.210 profissionais aprovados no concurso da Educação realizado em 2016.
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O cronograma, porém, não estabelece a convocação de mais pedagogos, profissionais em falta em muitas escolas de Goiânia. “Existe uma pressão não apenas dos aprovados no concurso, mas também das escolas e dos próprios pais. No ano passado, o déficit foi sentido em várias unidades, em especial da região Noroeste”, relata Suzi Rocha, pedagoga aprovada no concurso que até dezembro do ano passado era contratada da prefeitura.
“Essa situação acaba gerando situações de revezamento de turmas, de remanejamento de profissionais, de professor cuidando de mais de uma turma ao mesmo tempo, enfim, um constrangimento enorme para os pais, os alunos e a própria escola”, completou.
Por um lado, a prefeitura argumenta que o número de profissionais convocados (461) já ultrapassa os 250 previstos em edital. O problema levantado pelos profissionais, porém, é de que a realidade do déficit nas escolas vai muito além do número de pedagogos chamados.
“No TAC diz que o déficit de pedagogos é de 387. Eles já convocaram 461. Então, teoricamente, não era pra faltar professor na sala de aula. Acontece que a realidade é outra” diz a professora.
A categoria tinha uma reunião marcada para a manhã desta sexta-feira (9/2) com o secretário de Finanças Alessandro Melo, mas o encontro foi cancelado de última hora e ainda não foi remarcado.
A assessoria de imprensa da prefeitura de Goiânia informou que Melo teve que atender a um compromisso em Brasília e por isso não recebeu os pedagogos. A assessoria disse que a tendência é de que o cronograma seja cumprido, mas desconhece se mais pedagogos podem ser chamados ou não.
O processo da nova convocação está na Sefin, onde aguarda estudo de viabilidade orçamentária. Depois será encaminhado para a Secretaria de Administração (Semad) e em seguida vai para sanção do prefeito.