A nomeação do ex-vereador Paulo Magalhães para o cargo de secretário extraordinário de Assuntos Comunitários gerou crítica do movimento comunitário da Capital. A nomeação publicada no Diário Oficial na terça-feira, 8, pelo prefeito Sandro Mabel (UB), segundo membros de associações comunitários não foi discutida com a categoria.

Lideranças comunitárias alegam que esperavam ser consultadas previamente sobre o nome a ser escolhido para ocupar o cargo, considerado estratégico por estar diretamente ligado às demandas populares dos bairros e regiões da cidade. Segundo representantes do movimento, a escolha unilateral de Mabel representa uma “traição” ao segmento, que teria desempenhado papel fundamental na sua vitória eleitoral.

“Fomos parceiros desde a pré-campanha, estivemos ao lado dele no primeiro e no segundo turno. Tivemos coordenação fiel, dedicada, buscamos apoio nos bairros e ajudamos a consolidar a vitória”, afirmam, em nota, os líderes comunitários Fernando Sales, professor Alonso Oliveira e Carlinhos do Esporte.

Segundo eles, durante a campanha, foram firmados compromissos diretos entre o então candidato e o movimento, incluindo a criação da Secretaria de Assuntos Comunitários, a instalação de subprefeituras e o fortalecimento do diálogo com representantes das comunidades. “Essas propostas foram inclusive entregues pessoalmente ao prefeito durante uma reunião no Jardim Curitiba”, destacam.

Apesar de afirmarem que não possuem objeção pessoal ao nome de Paulo Magalhães, as lideranças reforçam que o ex-vereador estava envolvido em sua própria campanha de reeleição, e que não teve participação direta nas articulações do movimento comunitário durante o pleito municipal. Para eles, os nomes que realmente representaram e mobilizaram a base comunitária foram ignorados pelo prefeito.

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