Genaro, da empresa Multcooper, teria sido associado à emissão de uma nota fiscal de R$ 60 mil

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Genaro H. S. Filho, presidente da empresa Multcooper, hoje inativa, que teve mandado expedido junto com o ex-governador Alcides Rodrigues (PRP) – condenado por caixa dois – pelo juiz eleitoral Antônio Cézar Pereira, solicitou ao Jornal Opção o direito de se manifestar, uma vez que fora citado em matéria do último dia 14 de maio.

Ressalta-se que, no último dia 10, o magistrado condenou o deputado federal e ex-governador Alcides Rodrigues a 10 anos e 10 meses em regime fechado por associação criminosa, peculato e declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita para fins eleitorais. Na sentença, o Antônio Cézar reforça que “o acusado [Alcides] tinha pleno conhecimento do caráter ilícito de suas condutas”.

Resposta

Via telefone, o Genaro explicou que já entrou com embargos declaratórios para que o juiz mostrasse o áudio que foi transcrito e que mostraria uma conversa, de 2006, dele com a contadora Waldete Faleiros, também ré, em que esta lhe solicitava uma nota fiscal de 60 mil. O presidente da Multcooper justifica que não existiu nem essa conversa e nem a NF. “Só que esse diálogo seria a prova principal”.

Os R$ 60, que teriam sido descontados em 18 de dezembro de 2006, foram, segundo ele, doação da Mitsubishi de Catalão, que entrou no dia 13/12, no livro diário. “E não existe pagamento à Multicooper, nada relacionado a ela, naquele mês”, informou.

Nota

Genaro foi fundador do PSDB em Goiás, nos anos 1990, mas à época estava no PMN. Ele pontua que os valores pagos ao PSDB estão no contrato da empresa.

O último, inclusive, foi registrado na NF 546. “Emissão de nota foi de 50 cabos eleitorais no segundo turno, no dia 26/10/06. Tudo com cheque nominal do banco Itaú, das sete agências de Anápolis, em torno de um salário mínimo/cada. Contratados por mim”.

Esses, ele observou, divergem amplamente em data e valor dos R$ 60 mil pelo qual ele estaria ligado. “Não tive participação nenhuma nesses R$ 60 mil”.

Ainda segundo o presidente da Multcooper, mesmo que ele tivesse emitido a nota, já estaria prescrita. “O juiz poderia fazer isso de ofício. Mas eu não dei. Não existe nem entrada de dinheiro na Multcooper”, assegurou.