Em meio a crise com vereadores, Iris presta contas na Câmara nesta segunda (19)
17 fevereiro 2018 às 15h10

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Recusa da gestão em cumprir lei aprovada pela Câmara que colocou fim ao chamado “IPTU do puxadinho” deve vir à tona durante encontro
Está marcada para a manhã desta segunda-feira (19/2) a visita do prefeito Iris Rezende (MDB) à Câmara Municipal de Goiânia para a prestação de contas do 3º quadrimestre de 2017. A sessão ocorre em meio a crise da gestão com o Legislativo, acentuada depois que o emedebista resolveu editar um decreto no qual se recusa a cumprir decreto aprovado pelos vereadores que deu fim a cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) com base em imagens aéreas, o chamado “IPTU do puxadinho”.
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O documento assinado pelo prefeito e publicado na última edição do Diário Oficial do Município, nega que seja executado o Decreto Legislativo publicado na última quinta-feira (15/2) e autoriza a Procuradoria-Geral do Município a adotar “providências imediatas” na Justiça contra a lei aprovada pela Câmara.
O assunto deve vir à tona durante a prestação de contas e até mesmo render discussões acaloradas. A reunião ocorrerá no plenário, a partir das 8 horas e será coordenada pelo presidente da Comissão Mista, vereador Lucas Kitão (PSL). Espera-se a participação de todos os vereadores e populares que devem ocupar a galeria durante o encontro.
No início do mês, Kitão pontuou ao Jornal Opção que espera, que, ao menos desta vez, o chefe do Executivo traga dados técnicos, que foque na prestação, nos balancetes, e na parte econômica. A reclamação da oposição e até mesmo de integrantes da “base” é que Iris perde tempo contando histórias e acaba não apresentando a real situação fiscal da prefeitura da capital.
Recentemente, o secretário de Finanças do município, Alessandro Melo, fez um balanço financeiro de 2017 em coletiva de imprensa. Na ocasião, o auxiliar pintou um cenário de “recuperação econômica”, sendo que o déficit mensal teria sido reduzido de R$ 30 milhões para R$ 22 milhões, e anunciou um superávit de R$ 101 milhões. No entanto, as despesas correntes (com folha de pagamento) aumentaram 8%.