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Léo Pinheiro escreveu à Folha de S. Paulo para reiterar que os fatos ilícitos delatados por ele são respaldados com provas firmes e suficientes 

Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, decide abrir o jogo / Foto da Agência Brasil

Preso há 3 anos e 7 meses, o ex-executivo da construtora OAS, Léo Pinheiro, resolveu falar pela primeira vez com a imprensa. Em carta enviada ao jornal Folha de S. Paulo, Pinheiro reafirmou todas as acusações feitas contra o ex-presidente Lula e ainda acrescentou que todas as afirmações foram endossadas com provas. 

Ao jornal paulista o executivo afirmou “categoricamente” que nunca mudou ou criou alguma versão. Pinheiro disse também que nunca foi ameaçado ou “pressionado pela Polícia Federal ou Ministério Público Federal”. 

No documento, ele lembra que optou pela colaboração premiada em meados de 2016 quando ainda estava em liberdade. “Não optei pela delação por pressão das autoridades, mas sim como uma forma de passar a limpo erros”. 

Segundo a Folha de S. Paulo, o executivo destacou na carta que todos os “fatos ilícitos que eu pratiquei ou tenha tomado conhecimento é sempre respaldada com provas suficientes e firmes dos acontecimentos”. 

Léo Pinheiro reafirmou, por fim, não ser um “mentiroso” nem mesmo “vítima de coação alguma”. “A credibilidade do meu relato deve ser avaliada no contexto de testemunhos documentos”. 

O executivo resolveu se manifestar depois da publicação de uma reportagem do jornal paulista fundamentada em mensagens obtidas e divulgadas pelo site The Intercept Brasil. A publicação diz que o empreiteiro foi tratado com “desconfiança” pelos procuradores da Lava Jato durante sua colaboração com a investigação do caso. 

Segundo a reportagem, as mensagens divulgadas pelo site indicam que o executivo mudou diversas vezes sua versão sobre o triplex no Guarujá atribuído a Lula. Só então Léo Pinheiro teria passado a ser merecedor de algum crédito.