Em 2019, Aneel/AGR registra mais de 133 mil reclamações contra a Enel Goiás
29 novembro 2019 às 12h06

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Cinco principais reclamações dos clientes goianos são: falta de energia, devolução de valores por antecipação de obras, variação de consumo, ligação e qualidade serviços

Apesar dos investimentos anunciados pela Enel Distribuição Goiás, informações da Agência Goiana de Regulação (AGR) mostram o aumento no número de reclamações dos consumidores goianos. Somente este ano foram registrados 133.110 contatos sobre a Enel Goiás, enquanto a Enel São Paulo, por exemplo, foi alvo de 182.683 contatos.
De janeiro a novembro, os contatos dos consumidores na Aneel/AGR referentes a Enel Goiás representaram 14,48% do total de 919.047. Apenas duas distribuidoras de energia elétrica já ultrapassaram os 100 mil chamados. Em 2018, os contatos para falar sobre a Enel Goiás representaram 12,47% do total brasil.
De acordo com a Aneel/AGR, as cinco principais reclamações dos clientes goianos são: falta de energia (29,41%), devolução de valores por antecipação de obras (18,76%), variação de consumo (18,76%), ligação (5,47%) e qualidade serviços – interrupções (4,42%).
Confira os contatos referentes à Enel Goiás ano a ano:
2015 – 67.933
2016 – 41.516
2017 – 68.099
2018 – 108.569
2019 – 133.110
Cronograma de investimentos
A Enel Distribuição Goiás informou ao Jornal Opção que, ainda este ano, vai inaugurar duas novas subestações, uma em Mineiros e outra em Anápolis, que beneficiarão ao todo cerca de 200 mil clientes, além de concluir duas grandes ampliações nas subestações de Trindade e Caldas Novas. A Enel disse ainda que o plano de investimentos também prevê o atendimento, até dezembro do próximo ano, de 68% da atual demanda por capacidade adicional de energia (462 MVA).
A companhia argumenta que o plano de ações e investimentos, acordado em agosto deste ano com o Ministério de Minas e Energia, a Aneel e o governo estadual, está sendo cumprido dentro do cronograma estabelecido para acelerar o aumento da oferta de energia e a melhora da qualidade do fornecimento em todo o Estado. A companhia acrescenta que até 2022, atenderá 100% da demanda reprimida com a conclusão de obras de infraestrutura de grande porte, totalizando 17 novas subestações em operação e a expansão e modernização de outras 130.
A concessionária alega ainda que os investimentos de cerca de R$ 2 bilhões já realizados resultaram em uma redução da duração média das interrupções por cliente (DEC) de 45% de dezembro de 2015 a setembro de 2019, enquanto o número médio de interrupções por cliente (FEC) melhorou 52%. “Em setembro de 2019, o DEC alcançou 23,5 horas enquanto o FEC chegou a 12,1, superando as metas contratuais para 2019, que são respectivamente de 30,33 horas e 20,22 vezes”, pontuou.