Segundo deputado, gastos com comitiva são computados nos cartões da Abin ou do GSI

Auditoria no TCU investiga gastos de Bolsonaro no cartão corporativo. | Foto: divulgação

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) afirmou que pedirá urgência no julgamento de auditoria do cartão corporativo da presidência com base em contradições encontradas na prestação de contas. O parlamentar acusou Bolsonaro de mentir sobre os gastos com comitiva e guarda-costas, já que estes custeios seriam feitos nos cartões da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Segundo o parlamentar, os gastos dos três cartões corporativos ultrapassam os R$ 52,9 milhões. “O presidente tem alegado que o gasto do cartão é alto porque precisa viajar com comitiva, com guarda-costas. A verdade é que os gastos dessa comitiva não são computados no cartão da presidência e sim nos cartões da Abin ou do GSI”, disse o deputado em resposta a uma reportagem do Globo.

Elias Vaz afirmou ter identificado que, ao longo de 2021, a Presidência da República empenhou e gastou mais de R$ 4,5 milhões com diárias destinadas a militares. “Essas contradições do presidente indicam que tem algo errado nessa história dos gastos do cartão corporativo. Essa situação precisa ser explicada”, ressaltou o parlamentar.

Na última semana, o deputado solicitou agilidade na conclusão da auditoria no Tribunal de Contas da União (TCU). Para justificar, apontou que os gastos de Bolsonaro superam os de qualquer outro presidente que o Brasil já teve.