Eike Batista é denunciado por manipulação do mercado de capitais
13 setembro 2014 às 16h46

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Segundo denúncia, Eike obteve lucro indevido de R$ 125 milhões com base em informações privilegiadas
O empresário Eike Batista foi denunciado pela Procuradoria da República no Rio de Janeiro por crimes de manipulação do mercado de capitais e uso indevido de informações privilegiadas. A procuradoria informou que Eike simulou a injeção de US$ 1 bilhão em uma de suas empresas. O órgão pediu pelo bloqueio de bens e ativos financeiros do empresário até o limite de R$ 1,5 bilhão, a fim de garantir que seja paga a indenização pelos danos causados. A pena para os crimes pode chegar a 13 anos de prisão.
De acordo com a denúncia, que será julgada pela 3ª Vara Criminal da Justiça Federal no Rio de Janeiro, Eike obteve lucro indevido de R$ 125 milhões com base em informações privilegiadas. Promotores ainda sustentam que o empresário sabia que os campos de exploração de petróleo Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia não teriam a prospecção que justificasse alta no preço que obteve nas ações de uma de suas empresas.
O advogado de Eike, Sérgio Bermudes, informou à reportagem do Estadão neste sábado que o empresário está tranquilo em relação à denúncia, e que ainda a defesa de Eike possui documentos suficientes para provar a improcedência da denúncia contra ele.
Segundo Bermudes, entretanto, o empresário estava embasado em informações técnicas de que certificavam a existência das reservas de petróleo. O advogado destacou ainda que os investidores que compraram ações da OGX eram qualificados e receberam informações da companhia sobre os riscos envolvidos na operação. O advogado informou que o empresário Eike Batista está em viagem de negócios aos Estados Unidos, Inglaterra e Coreia do Sul.