Durante votação da PEC 55, Gleisi Hoffman defende corte de salários de parlamentares
29 novembro 2016 às 19h04

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Senadora do PT defendeu que colegas votassem redução de próprios benefícios antes de decidir sobre projeto do Teto de Gastos
A senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) propôs nesta terça-feira (29/11), durante a sessão de votação da Proposta de Emenda Constitucional 55/2016, a chamada PEC do Teto dos Gastos, que os parlamentares votassem — antes de decidir sobre a ex-PEC 241 — um projeto de sua autoria que pretende cortar salários e alguns benefícios dos próprios senadores. “Aí pode ser que tenhamos um pouquinho de moral para cortar benefícios e salários dos outros”, defendeu.
A proposta de Gleisi, aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) nesta terça-feira (29), reduz em 20% os salários dos senadores. Outros dois projetos de resolução pedem que o plano de saúde dos senadores não seja mais vitalício e que pelo menos 10% da verba de gabinete seja diminuída e que as passagens aéreas — cinco por mês para cada parlamentar — sejam reduzidas para quatro, número de finais de semana no mês.
“Estamos aqui nesse plenário bonito, tomando nosso café, vamos impor um sacrifício ao povo, mas vamos sair com nossos salários integrais, com verbas de gabinete integrais, com passagens aéreas garantidas, com planos de saúde vitalícios enquanto cortamos recurso da saúde. Com que cara vamos encarar a população?”, questionou.
Gleisi discursou contra a PEC 55, afirmando que ela irá afetar a Saúde e Educação nos próximos 20 anos, chegando às pessoas mais pobres. Ela defendeu que caso os recursos não fossem reduzidos, não iria ser necessário mudar a Constituição. “Nós vamos congelar e depois se houver crescimento não vai proporcionalmente para Saúde e Educação, mas para outras despesas”, afirmou.
A senadora também usou seu momento de fala para criticar a atuação da polícia no confronto com os manifestantes. “Não é o povo que está batendo na polícia, é a polícia que está batendo no povo”, defendeu. De acordo com ela, a sessão deveria ser aberta ao público.
Confira a manifestação de Gleisi Hoffman;
