Vereadora critica política de loteamentos sociais proposta no texto e aponta contradições no documento

Foto: Fernando Leite / Jornal Opção

A vereadora Dra. Cristina (PSDB) conversou, na tarde desta terça-feira, 23, com o Jornal Opção para comentar alguns pontos críticos contidos na revisão do Plano Diretor em tramitação na Câmara Municipal de Goiânia.

Apesar de considerar o projeto “muito extenso” e lembrar que segue estudando o documento, Cristina disse que já possui condições suficientes para observar que “em determinado trecho se afirma uma coisa e algumas páginas para frente o Plano traz outro entendimento sobre o mesmo assunto”. Ou seja, para ela, algumas afirmações acabam sendo “desconstruídas” a medida em o Plano vai se aprofundando. 

Cristina disse também que de todos os pontos do Plano, o quesito “expansão urbana e impostos” tendem a ser os mais discutidos pelos parlamentares. “Existem setores que já não se tem mais para onde expandir, são unidades que chegaram ao esgotamento. Acontece que a gente não consegue entender muito bem o que será mantido ou não. São discussões que, sem dúvidas, serão abordadas pela Casa”.

Deficiências

A tucana reconhece a necessidade que a cidade tem de crescer, mas alerta que isso deve ocorrer de maneira ordenada e responsável. “É preciso levar em consideração a questão do trânsito e da malha viária, por exemplo. Sem contar os diversos outros fatores que exercem influência direta na mobilidade urbana”.

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Apesar de defender um “distanciamento” do centro da cidade, haja vista que são áreas “excessivamente ocupadas”, Cristina critica a pouca atenção dada aos loteamentos sociais.

“A revisão do Plano não traz nenhuma novidade sobre esse assunto. Uma coisa que entendo como necessária, por exemplo, seria promover a ocupação dos vazios urbanos com essas pessoas que, neste caso, teriam a oportunidade de viver em locais dignos, ou seja, com saúde, assistência social e mobilidade. Porém o que vemos são as pessoas sendo enviadas para regiões mais distantes onde não se tem ruas asfaltadas, não se chega transporte coletivo ou correios”, critica.

Por fim, diante deste problema, a vereadora se comprometeu a “liderar” um movimento de inclusão de programas de loteamentos sociais “com mais dignidade” ao Plano.