Dodge analisa se conselheiro do TCE do Rio teve participação em obstrução no caso Marielle
02 setembro 2019 às 17h07

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Acesso da PGR ao processo foi autorizado após solicitação ao STJ. Conselheiro Domingo Brazão nega e classifica ação como “absurda”

Após solicitação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) autorizou acesso da promotora à investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A procuradora quer saber se há indícios de “autoria intelectual” por parte do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ), Domingo Inácio Brazão.
O pedido de acesso teria sido motivado por suspeitas de que Brazão teria usado a estrutura do cargo público para obstruir as investigações do caso. Como o conselheiro, já afastado, tem foro privilegiado, os indícios de sua participação podem resultar no envio das investigações, atualmente na Justiça Estadual fluminense, para o STJ, ficando na competência da PF e da PGR.
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Na última sexta-feira, o ministro Raul Araújo proferiu decisão favorável à solicitação, determinando que a 28ª Vara Criminal do Rio forneça o material.
Ao Globo, Domingo Brazão classificou a acusação como “absurda” e diz não saber a quem interessa insistir nisso, negando a participação.