As indefinições da Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PV e PCdoB no âmbito das eleições presidenciais de 2022, segue como um dos maiores desafios para PT alcançar vitórias significativas nas eleições municipais deste ano. Em Rio Verde, por exemplo, o presidente municipal Partido dos Trabalhadores, Simão Barros Brasil, declarou apoio à pré-candidatura de Karlos Cabral (PSB) a prefeito.

A decisão, no entanto, foi tomada “sem combinar com os russos”. O presidente estadual do PV, Cristiano Cunha, diz que não existe indicação de vice na chapa de Karlos Cabral. “Quem decide é a federação, não é só um partido que decide”, pontua.

Incomodado com o que chamou de decisão unilateral do PT, Cunha lembra que o PV tem candidatura própria e que a definição só deve ser feita nas convenções partidárias. “Ainda não tem discussões sobre isso, estão antecipando demais e vamos consultar o PT estadual. O PT não nos procurou para tomar essa decisão”, diz.

O PV cobra espaço no Governo Federal para alinhar a estratégia da federação. “Desde lá atrás o espaço em nível nacional nunca foi acertado. O PV quer crescer, mas o PT não está deixando”, reclama.

Na Capital, Cunha diz que o martelo já foi batido. “O PV não está com a Adriana Accorsi”. O rompimento, desde maio deste ano, representa a continuidade do racha na federação. Ele negou também que a situação tenha sido pacificada.

Divergências

Além de Goiânia e Rio Verde, a Federação também enfrenta resistência em um projeto único em Catalão. Na cidade, a professora Maria Moura (PT), é candidata a prefeita, no entanto, lideranças locais penhoraram apoio a Velomar Rios (MDB). Em um cenário que as divergências permaneçam, membros da federação apontam a possibilidade de judicialização dos casos.

A reportagem entrou em contato com a presidente estadual do PT, vereadora Kátia Maria, mas até o fechamento desta matéria não tivemos retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

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