Diretor do FBI diz que a agência identificou o responsável por decapitações divulgadas em vídeos

25 setembro 2014 às 19h28

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O nome e a nacionalidade do terrorista não serão divulgados
O FBI anunciou nesta quinta-feira (25/9) que os Estados Unidos acreditam ter identificado o terrorista do Estado Islâmico responsável pelas decapitações de dois jornalistas americanos e um britânico divulgadas em vídeos. O diretor do FBI, James Comey, anunciou, no entanto, que o nome e a nacionalidade do terrorista não serão anunciados.
Quando os primeiros vídeos das execuções foram divulgados, chamou atenção o fato de o carrasco falar inglês com sotaque britânico. Não demorou para que as suspeitas recaíssem sobre o rapper Abdel-Majed Abdel Bary, de 23 anos, nascido na Inglaterra e de origem egípcia.
Sobre isso, o chefe do FBI diz que não há como saber se o mesmo homem que aparece nos vídeos é o responsável pelas decapitações, já que as execuções não são mostradas na íntegra nas gravações. Apenas o resultado da barbárie é exibido.
Comey atesta que dezenas de cidadãos americanos deixaram o país para se unir aos terroristas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria. Muitos deles, inclusive, teriam conseguido retornar aos Estados Unidos. No entanto, o chefe do FBI assegurou que muitos dos suspeitos de serem extremistas foram presos, e os que estão soltos são monitorados pelo serviço de inteligência do país.
Ameaças de ataques
Nesta quinta, o primeiro-ministro iraquiano, Haidar al-Abadi, disse durante uma reunião da ONU em Nova York ter informações confiáveis de que redes do Estado Islâmico tramavam ataques em trens do metrô nos Estados Unidos e na França.
Já autoridades americanas declararam não ter provas da ameaça citada por Abadi. Ainda assim, o governador de Nova York afirmou que o Estado, assim como New Jersey, terá a segurança reforçada nos meios de transporte.
A França também declarou que vai tomar providências nesse sentido nos metrôs e outros lugares públicos. A decisão foi tomada depois que um turista do país foi morto na Argélia por simpatizantes do Estado Islâmico em represália aos bombardeios aéreos realizados pelo país europeu a instalações do grupo terrorista.
Inglaterra, Austrália, Bélgica e Holanda também informaram que devem enviar aviões para ações militares, atendendo a pedidos do presidente americano Barack Obama.