Lucas Calil defende “direito” da base de realizar manobras para travar ou agilizar votações
08 setembro 2015 às 20h48

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Ao falar do questionamento de Major Araújo, que reclama que manobras dificultam o trabalho da oposição, deputado estadual disse: “A oposição que eleja mais deputados”

O deputado estadual Lucas Calil (PSL) disse em entrevista ao Jornal Opção Online na tarde desta terça-feira (6/9), que as propostas dos deputados Major Araújo (PRP) e Simeyzon Silveira (PSC) referente a mudanças quanto ao registro de presença dos deputados estaduais podem atrapalhar as articulações dentro da Casa legislativa.
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A matéria proposta por Simeyzon, lida na semana passada, permite que o deputado falte somente quanto estiver em missão oficial, doente ou em outros casos previstos em lei. Do contrário, o deputado terá o “ponto” cortado e o dia de trabalho será desconsiderado. Já a matéria do Major Araújo, apresentada nesta terça-feira, pede que as presenças em plenário passem a ser registradas antes e depois das sessões; e nas votações.
Sem se posicionar a favor ou contra as propostas, Lucas Calil garante que os projetos têm pontos negativos e positivos que devem ser mais discutidos. De acordo com ele, as alterações irão limitar as manobras na Casa — o que, segundo o deputado, é algo ligado ao trabalho legislativo. “O jogo faz parte do parlamentarismo — travar projetos, esvaziar a Casa. Não dá para tirar essa autonomia do parlamentar.”
Questionado sobre o espaço da oposição na Casa, uma vez que o deputado Major Araújo critica justamente as manobras da base — maioria da Casa –, que dificultam a atuação dos opositores na Assembleia, Lucas disse: “Que a oposição eleja mais deputados!”
O parlamentar exaltou o fato de ser o deputado com maior quantidade de projetos apresentados até o momento e garante ser a favor da fiscalização constante dos trabalhos dos legisladores. De acordo com ele, é necessário que se observe sempre se o deputado está trabalhando da forma devida.
Lucas Calil lembra que muitas vezes os parlamentares têm que estar em outras cidades para eventos, e que esta falta não deve ser penalizada — por mais que não seja uma missão oficial. Por outro lado, com reduto eleitoral em Inhumas, Calil cita o fato de que muitas vezes não fica na cidade participando das articulações para estar na Assembleia — algo que frisa ser seu dever como parlamentar –, enquanto outros deputados ficam nas cidades do interior do Estado “angariando votos”.