Dilma diz que, se voltar, “não será para ficar”
07 agosto 2016 às 14h00

COMPARTILHAR
A presidente afastada pretende apresentar uma carta aos senadores na qual defenderá realização de plebiscito caso retorne ao Palácio
Na semana em que o plenário do Senado Federal apreciará o relatório da comissão especial do impeachment que recomenda a continuidade do processo e que Dilma Rousseff seja levada a julgamento por crime de responsabilidade, a presidente afastada intensifica o discurso a favor da realização de um plebiscito para a convocação de novas eleições, caso retorne ao exercício da presidência.
Questionada se voltaria a ser presidente, ao jornal F. de São Paulo, Dilma respondeu: “Mesmo se pudesse – e eu não poderia ser reeleita pela segunda vez – não voltaria para ficar”.
Dilma defenderá em carta aberta ao Senado, um plebiscito para a realização de novas eleições presidenciais, por isso ela diz que não voltaria para ficar. Segundo a presidente, só um novo presidente unificaria a nação. Para a petista, Michel Temer não é “legítimo” para ocupar o Planalto.
A defesa da realização de um plebiscito para definir a realização de novas eleições e a reforma política no país é o argumento central da “mensagem às senadoras, aos senadores e ao povo brasileiro”.
O parecer do senador Antonio Anastasia (PSDM-MG), a favor da pronúncia da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment, aprovado na última quinta-feira (4) na comissão processante, e recebido pelo plenário do Senado.
Com isso, começa a contar o prazo legal para que o relatório de Anatasia seja votado em plenário a partir da próxima terça-feira (9).
Contando com resultado desfavorável à Dilma na próxima votação, senadores que apoiam o impeachment pressionam para que a conclusão do processo ocorra ainda este mês. O ministro do Supremo Tribunal Federal que preside o processo no Senado, Ricardo Lewandowski, afirmou só marcará a data após o encerramento da fase de pronúncia, na semana que vem.