Desemprego no Brasil sobe para 13,8%, taxa mais alta desde 2012
30 setembro 2020 às 20h45

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Segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), são 13,1 milhões de brasileiros sem emprego

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), divulgados nesta quarta-feira, 30, a taxa de desocupação no Brasil atingiu 13,8% no trimestre de maio a julho de 2020, percentual mais alto da série histórica iniciada em 2012. No total, são 13,1 milhões de brasileiros sem emprego.
A população ocupada recuou para 82 milhões, o menor contingente da série. A taxa de informalidade representou 37,4% da população ocupada (ou 30,7 milhões de trabalhadores informais). No trimestre anterior, a taxa foi 38,8% e, no mesmo trimestre de 2019, 41,3%.
Setores com baixa
O estudo apontou que, frente ao trimestre móvel anterior, a população ocupada diminuiu em oito dos dez grupamentos de atividades analisados:
- Indústria (8,0%, ou menos 916 mil pessoas)
- Construção (9,5%, ou menos 559 mil pessoas)
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (9,7%, ou menos 1,6 milhão de pessoas)
- Transporte, armazenagem e correio (11,9%, ou menos 562 mil pessoas)
- Alojamento e alimentação (23,2%, ou menos 1,1 milhão de pessoas)
- Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,7%, ou menos 381 mil pessoas)
- Outros serviços (16,9%, ou menos 803 mil pessoas)
- Serviços domésticos (16,9%, ou menos 941 mil pessoas).
Neste período, os grupamentos de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais mostraram estabilidade.
Em relação ao mesmo trimestre de 2019, nove dos dez grupamentos tiveram redução na ocupação:
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (6,9%, ou menos 599 mil pessoas)
- Indústria (12,7%, ou menos 1,5 milhão de pessoas)
- Construção (19,7%, ou menos 1,3 milhão de pessoas)
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (14,0%, ou menos 2,4 milhões de pessoas)
- Transporte, armazenagem e correio (13,8%, ou menos 665 mil pessoas)
- Alojamento e alimentação (30,0%, ou menos 1,6 milhão de pessoas)
- Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (5,0%, ou menos 530 mil pessoas)
- Outros serviços (-22,5%, ou menos 1,1 milhão de pessoas)
- Serviços domésticos (-26,9%, ou menos 1,7 milhão de pessoas)
Neste período, apenas o grupamento Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais mostrou estabilidade.