Deputados bolsonaristas aprovam ‘louvor e regozijo’ a Trump; carta dos EUA fere soberania do país, diz base do governo

10 julho 2025 às 11h48

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Nesta quinta-feira, 10, o mercado reagiu à notícia da taxação de 50% a produtos exportados pelo Brasil aos Estados Unidos, imposta por Donald Trump. O Dólar saltou de R$ 5,45 para R$ 5,60 (até este momento, a moeda reucuou para R$ 5,537) e o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, recuou 0,90%, 136.248 pontos. A principal empresa brasileira afetada foi a Embraer (EMBR3), cujas ações caíram 6,33%.
Em meio à guerra tarifária dos EUA contra o Brasil, deputados bolsonaristas aprovaram uma “moção de louvor e regozijo” ao presidente Donald Trump na Comissão de Relações Exteriores (CRE) da Câmara. proposta pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara, na quarta-feira, 9, a moção tem como justificativa: “O 45º Presidente dos Estados Unidos da América deve ser enaltecido e lembrado como um dos melhores presidentes do mundo e exemplo a ser seguido para a implementação e manutenção de uma democracia moderna e justa”.
Na rede social X, Sóstenes Cavalcante atribuiu a culpa pelas tarifas ao presidente Lula da Silva (PT). “O Brasil está sendo ridicularizado perante o mundo, mas é fundamental entender: Trump não agiu, ele reagiu, e quem provocou foi o Lula”, publicou nesta quinta-feira.
Por outro lado, parlamentares atribuíram a Jair e Eduardo Bolsonaro (PL) a implementação das taxas. No X, Eduardo Bolsonaro publicou: “Obrigado, presidente Donald J. Trump. Espero que as autoridades brasileiras agora tratem esses assuntos com a seriedade que merecem. O Brasil não pode — e não vai — se tornar outra Venezuela, Cuba ou Nicarágua. Deus abençoe os Estados Unidos, Deus abençoe o Brasil”.
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que o Executivo tomará todas as medidas para enfrentar a crise diplomática derivada da decisão do governo dos EUA. “O governo brasileiro não vai aceitar essa decisão do governo americano porque ela fere a soberania do Brasil, os acordos internacionais e, sobretudo, a democracia brasileira”, declarou.