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O deputado Nikolas Ferreira (PL) justificou nesta quarta-feira, 8, ter votado a favor da Medida Provisória 1303, que cria novas regras para a tributação de aplicações financeiras e ativos virtuais, alegando ter se confundido. A votação estava marcada para apreciação do texto, mas a MP acabou retirada de pauta pelo Congresso.

Em postagem nas redes sociais, Nikolas afirmou:

Fiz campanha contra a MP 1303 o dia todo e, cuidando da minha filha recém-nascida aqui, me confundi e votei errado kkkk. Acontece. Mas graças a Deus foi retirado de pauta. Chega de impostos! Vence o Brasil”.

O parlamentar compartilhou uma foto segurando a filha, reforçando a justificativa de que o erro teria sido fruto de distração momentânea.

A MP do IOF havia sido apresentada pelo governo Lula com o argumento de tributar apenas os super-ricos e aumentar a justiça fiscal, mas encontrou resistência no Congresso, sendo eventualmente retirada da pauta da Câmara.

Entenda

A decisão da Câmara dos Deputados de retirar da pauta a Medida Provisória que aumentava tributos e buscava reforçar a arrecadação federal escancarou a fragilidade da articulação política do governo e antecipou a disputa eleitoral de 2026. Com 251 votos favoráveis ao requerimento de retirada e 193 contrários, a derrota imposta ao Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 8, foi mais política do que fiscal.

A MP, que perderá validade nesta quinta, 9, era tratada pelo Ministério da Fazenda como peça essencial para fechar as contas de 2025 e sustentar a meta de equilíbrio orçamentário. Estimava-se arrecadação extra de até R$ 17 bilhões após ajustes feitos pelo relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP). Sem o texto, a equipe econômica já admite cortes, inclusive de emendas parlamentares, e ajustes de até R$ 35 bilhões no orçamento de 2026.

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