Deputado diz que, mesmo sem cargo oficial, Dona Íris comanda mais que o marido
29 abril 2017 às 18h02

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Humberto Aidar (PT) ironizou afirmações da primeira-dama de que ela “doa seu tempo à cidade que ama” e afirmou que o projeto dela para 2018 é de conhecimento geral
O deputado estadual Humberto Aidar (PT) comentou, em entrevista ao Jornal Opção, a alegação da primeira-dama Dona Íris (PMDB), de que ela não entende as críticas quanto à sua atuação no Paço Municipal mesmo sem ter cargo. Acusada de usar o cargo do marido, o prefeito Iris Rezende (PMDB) para se autopromover, ela diz que, na verdade, doa o seu tempo à uma cidade que ama.
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“Na verdade isso é hipocrisia, porque quando conversamos aqui com os próprios deputados do PMDB, todos sabem da sua intenção de ser candidata a deputada federal com o apoio da totalidade dos indicados, especialmente aqueles com cargo de chefia, secretarias e superintendências”, afirmou o deputado.
Para Humberto, é impossível acreditar que ela não tenha algum interesse na prefeitura, já que as informações que correm nos bastidores, ressalta, são de que, para que a prefeitura aprove projetos de relevância ou para que alguém seja indicado para cargos, ela tem que dar o crivo. “Achar que a Dona Iris está lá sem ganhar nada e sem nenhuma intenção, é quase acreditar em saci-pererê, ela não é tão generosa assim”, ironizou ele.
“É estranho uma pessoa que não tem um cargo de direção dar as cartas. Eu fico a imaginar: Será que uma pessoa que não é nada pode ter sala com secretária do Paço? Pode mandar? Nomear? É no mínimo estranho e por isso é que causa revolta nas pessoas”, acrescentou ele, se referindo a fotos que mostram a ex-deputada “trabalhando” na Prefeitura de Goiânia.
Acrescentando que Iris parece “cansado” e “arrependido de ter sido candidato”, Humberto garante que Dona Íris não é coadjuvante na administração. “Hoje, na verdade, ela atua muito mais do que o prefeito Iris. Dificilmente algum político consegue a unanimidade, mas a Iris consegue. No PMDB, tirando o seu esposo e um ou outro apadrinhado, a grande maioria, dos expoentes até, não a engolem”, criticou ele.