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Ex-gerente da Área Internacional da Petrobras, Eduardo Musa afirmou que presidente da Câmara atuava nas indicações políticas para a área Internacional da empresa

Pelo Twitter, Eduardo Cunha pediu que Câmara interpele advogada | Foto: Reprodução/Twtitter
Não é a primeira vez que Cunha é citado nas investigações | Foto: Reprodução/Twtitter

O ex-gerente da Área Internacional da Petrobras, Eduardo Musa, fechou acordo de delação premiada e prestou depoimento nesta quarta-feira (23/9) à Polícia Federal. O que mais chamou a atenção foi a citação ao presidente da Câmara dos Deputados. Segundo Musa, Eduardo Cunha (PMDB) não só participava do esquema de corrupção na empresa, como era quem dava a “palavra final” nas indicações políticas para a área Internacional da estatal.

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O depoimento de Musa também cita João Augusto Henriques, acusado de atuar como operador do PMDB no esquema de fraudes da Petrobras. Segundo Eduardo, João Henriques afirmou a ele ter conseguido “emplacar” Jorge Luiz Zelada para o cargo de diretor internacional da estatal com o apoio do partido, mas a decisão tinha que ser acatada por Cunha.

Além da delação premiada, Musa irá repatriar US$ 3,2 milhões e devolver à Justiça R$ 4,5 milhões. Cunha já foi citado em outra ocasião nas investigações da Lava Jato. O ex-consultor da Toyo Setal, Julio Camargo, declarou que o peemedebista o pressionou para que ele pagasse US$ 10 milhões em propinas a ele e ao lobista Fernando Soares, o “Baiano”, para viabilizar navio-sonda da Petrobras.

O presidente da Câmara também foi alvo de uma denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu a condenação de Cunha por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Janot pediu a devolução de US$ 40 milhões.