Decreto anti-imigração de Trump é suspenso temporiarimente nos Estados Unidos
04 fevereiro 2017 às 17h18

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Juiz do estado de Washington revogou decreto assinado pelo presidente norte-americano; Casa Branca informou que vai recorrer da decisão
O juiz federal James Robart, do estado de Washington, nos Estados Unidos, assinou nesta sexta-feira (3/2) a suspensão temporária do veto do presidente Donald Trump para que refugiados e cidadãos de sete países majoritariamente muçulmanos entrem nos Estados Unidos. Na madrugada deste sábado (4, horário de Brasília), a Casa Branca emitiu uma nota afirmando que vai recorrer da decisão.
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Enquanto a decisão não foi formalmente questionada, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS, na sigla original) informou que vai implementar a decisão, deixando de cumprir o decreto presidencial. Assim, todos os vistos que não foram cancelados fisicamente serão novamente considerados válidos. Segundo o Departamento de Justiça e do Estado, entre 60 mil e 100 mil vistos foram afetados pela decisão de Trump.
Para adotar a medida, o juiz James Robart aceitou os argumentos dos advogados dos estados de Washington e Minnesota. A decisão caminha para que outros estados processem Casa Branca por discriminar muçulmanos e causar prejuízos às famílias dos que tentam ingressar em território norte-americano, mas são barrados por funcionários da imigração.
Ações judiciais contra a medida de Trump foram submetidas às cortes de todo o país. Grupos de defesa de direitos humanos estão acompanhando e exercendo pressão para que haja logo outras audiências na Justiça sobre o assunto.
A ordem assinada pelo presidente previa o veto – por 90 dias – da entrada de pessoas nos Estados Unidos provenientes do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. Além disso, ela suspende a admissão de refugiados de modo geral por 120 dias e de refugiados sírios indefinidamente. O objetivo, conforme disse o presidente Donald Trump, quando assinou a ordem, é avaliar o processo de seleção de refugiados e outros imigrantes para “proteger o país contra o terrorismo”. (Com informações da Agência Brasil)