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Lideranças de partidos como o Podemos e Patriotas sinalizaram retorno ao governo, fragilizando prefeito de Aparecida

Apesar das longas tentativas de filiação a uma legenda que permita a disputa ao governo de Goiás, Gustavo Mendanha, ainda sem partido, parece encontrar cada vez mais bloqueios para a conquista de apoios na corrida política. O movimento mais recente vem por parte de lideranças do Patriota, que declararam apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado (UB). Isso, porque o prefeito de Trindade, Marden Júnior (Patriota), e o empresário e ex-prefeito Jânio Darrot (Patriota), anunciaram que irão se juntar à base caiadista para as eleições estaduais.

O presidente estadual do partido, Jorcelino Braga, já deixou claro que está ao lado do prefeito de Aparecida de Goiânia, mas perder apoio de grandes lideranças pode fragilizar as negociações de Mendanha. O mesmo movimento foi percebido no Podemos, depois que a direção nacional do partido confirmou o retorno à base de Caiado. Dentro da legenda, as tentativas de apoio de Bolsonaro por parte de Mendanha não foram bem recebidas, o que provocou a cisão.

Para o Secretário Nacional do Podemos e Secretário Municipal de Aparecida de Goiânia, Felipe Cortêz, o foco da legenda no momento deve ser o partido e, nesse sentido, Gustavo Mendanha não foi capaz de entregar uma base. Com a falta de avanço por parte do prefeito de Aparecida, as conversas com Caiado ficaram fortalecidas. “Nós tivemos um convite do Governo para compor a base, mas ainda está em fase de conversação. Deve ser definido até segunda. Antes não estávamos conversando, mas agora estamos”, destacou.

No PL, ainda que ele tenha apoio do presidente regional do partido, Flávio Canedo, e de outras lideranças internas, já haviam acenado em prol do fechamento com o deputado Major Vitor Hugo. O militar confirmou que deve lançar a pré-candidatura ao governo no próximo domingo, 27, ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro. No entanto, conversas internas do partido ainda defendem possibilidades de lançamento de Mendanha.

Isso, porque na última quarta-feira, 23, representantes do PL participaram de um reunião em Brasília, em que garantiram que o partido está ao lado de Gustavo Mendanha (sem partido) na disputa das eleições para o Governo de Goiás em 2022. Na reunião, que o deputado federal Paulo Cézar Martins classificou como “extremamente produtiva”, também estiveram presentes o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o presidente regional do PL em Goiás, Flávio Canedo e a deputada federal Magda Mofatto. Além disso, participaram também os deputados estaduais Claudio Meirelles (PTC) e Major Araújo (PSL).

Ao lado do presidente Valdemar, Paulo Cezar garantiu que o partido está fechado com o atual prefeito de Aparecida de Goiânia, apesar dos anúncios feitos por Major Vitor Hugo, que prometeu anunciar candidatura ao lado do presidente Jair Bolsonaro, no próximo domingo, 27. “Estamos aqui definindo o futuro de Goiás e vamos ganhar as eleições, com Gustavo Mendanha”, declarou.

Além da possibilidade do PL, o PSD surge como boa opção, especialmente por ter nas mangas o tempo de TV e rádio, além de recursos de fundo eleitoral. No partido, porém, outra indefinição mantém a possível filiação de Mendanha suspensa. Sem a confirmação da disputa de Henrique Meirelles a uma vaga no Senado, a sigla pode precisar rever o projeto para as eleições. Isso tudo após a perda do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira, que abriu mão de disputar as eleições e ser um importante puxador de votos dentro da chapa.

Em meio a tantas portas fechadas, Gustavo Mendanha tem pouco mais de uma semana para definir seu futuro e, conforme publicado pelo Jornal Opção, não seria surpresa se ele acabasse numa nova alternativa, como PSDB.