Para presidente do Conselho Regional de Farmácia considera isolamento intermitente como medida prudente e alerta, ainda, quanto aos perigos da automedicação

Foto: reprodução

A presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de Goiás (CRFGO), Lorena Baía, conversou com o Jornal Opção, nesta quarta-feira, 1, sobre as mudanças impostas pelo decreto municipal que prevê novas medidas de isolamento social e fechamento do comércio na capital.

Segundo Baía, o CRFGO entende a ação do governo em tomar essa decisão que foi, “baseada em um estudo feito pela Universidade Federal no sentido de buscar diminuir o número de casos que acabam agravando os quadros do Estado”, rememora.

Ela considera a decisão prudente tendo em vista que reconhece a falta de medicamentos importantes nas unidades hospitalares, como os sedativos, por exemplo, essenciais para a entubação de pacientes em estados mais críticos da doença.

“A população precisa rever seus cuidados. Havendo necessidade de sair, devem se atentar ao uso da mascara e evitar ao máximo aglomerações. Temos visto muitas pessoas fazendo festinhas, reuniões com os amigos, sendo que o momento exige o contrário”, disparou.

Lorena Baía considerou, ainda, o método justo no sentido de pensar nas vidas sem descuidar da situação econômica. “Sabemos que muitos empresários, empregados e demais trabalhadores precisam garantir o sustento de suas famílias. Por isso, em 14 dias teremos uma retomada do comércio, porém, de maneira mais segura. A vida é soberana”.

Automedicação

A especialista alertou ainda que a população redobre os cuidados quanto ao automedicamento e mensagens falsas divulgadas na internet. “Um estudo do CRF comparou as vendas de determinados medicamentos no primeiro trimestre do ano passado com o primeiro trimestre deste ano. O que vimos foi um aumento muito grande na venda de medicamentos supostamente eficazes no tratamento da Covid-19”.

“Orientamos que as pessoas usem apenas os medicamentos receitados pelo médico ou sob orientação farmacêutica”, disse. Ela lembrou que mesmo com o decreto municipal, as farmácias continuarão aberta e sempre haverá um farmacêutico à disposição para esclarecer todas as dúvidas.