Corte sueca nega pedido de prisão de Assange e ele não será extraditado
03 junho 2019 às 16h41

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Apesar disso, fundador do WikiLeaks ainda pode ter extradição decretada para os Estados Unidos por denúncia de conspiração

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, não será extraditado do Reino Unido para a Suécia, neste momento. Isto, porque uma corte sueca rejeitou um pedido de prisão de procuradores que o acusam de estupro, o que inviabiliza a extradição.
Vale destacar, a acusação, que Assange nega, teria ocorrido em 2010, em Estocolmo, e prescreveria em 2020. Julian, atualmente, cumpre 50 semanas de prisão no Reino Unido por quebrar regras da condicional. Ele passou sete anos na Embaixada do Equador, em Londres, a fim de não ser extraditado.
Extradição para os EUA
Estados Unidos também pediram que o fundador do WikiLeaks fosse extraditado. Os EUA querem que ele responsa por acusações de conspiração.
O envio de Julian aos EUA pode ocorrer, caso o Reino Unido aceite o pedido antes da Suécia formular sua requisição. Per Samuelson, advogado de Assange, disse que não há risco de seu cliente em seu atual cativeiro.
“Ele ficará preso por pelo menos meio ano, e está preso a pedido dos EUA. Então não há motivo para detê-lo na Suécia também”, afirmou.
Ainda sobre a acusação de estupro
Outro ponto a ressaltar é que os procuradores suecos já tinham encerrado as investigações do suposto estupro em 2017. Apesar disso, o caso foi reaberto, em abril deste ano, após Assange perder o asilo do Equador.
Segundo a promotora Eva-Marie Persson, a investigação permanece. “Vamos pedir uma Ordem de Investigação Europeia para entrevistar Julian Assange”.