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As novas sanções impostas pelos EUA em resposta ao ataque cibernético contra a Sony Pictures foram classificadas como “política hostil”

Neste domingo (04/01) a agência de notícias estatal da Coreia do Norte, a KCNA, citou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores dizendo que a ação “persistente e unilateral” tomada pela Casa Branca para impor sanções contra a Coreia do Norte prova que os Estados Unidos não estão longe da hostilidade em relação ao país asiático.

Essa foi a resposta da Coreia às sanções impostas pelos EUA em retaliação ao ataque virtual supostamente perpetrado por Pyongyang à companhia cinematográfica Sony Pictures.

As medidas reforçadas na última sexta-feira (02/01) respondem às “muitas provocações [de Pyongyang] e particularmente ao recente ataque cibernético contra a Sony Pictures e às ameaças visando às salas de cinema e os espectadores”, informou o departamento do Tesouro norte-americano em comunicado. Em nota, a Casa Branca afirmou que essa é apenas a primeira parte da resposta.

Alvo de grande ataque cibernético, a Sony Pictures cancelou, numa primeira fase, a exibição do filme A Entrevista, sobre uma tentativa de assassinato da CIA (agência de serviços secretos externos norte-americanos) do líder norte-coreano, Kim Jong-Un.

O filme acabou por ser distribuído através de serviços de vídeo online e em uma rede de salas mais restrita nos Estados Unidos.

Washington, que acusa Pyongyang de estar por detrás do ataque, adicionou hoje à lista suja dez dirigentes do regime, a agência de serviços secretos norte-coreana e duas empresas ligadas ao setor militar da ditadura comunista, precisou o departamento do Tesouro.

As sanções, adotadas por um decreto do presidente norte-americano, Barack Obama, “refletem o compromisso dos Estados Unidos de responsabilizar a Coreia do Norte pelas suas ações destrutivas e desestabilizadoras”, argumentou o secretário do Tesouro, Jacob Lew, citado em comunicado.

“Utilizaremos um vasto leque de ações para defender as empresas e os cidadãos norte-americanos, e para nos defendermos das tentativas de sabotar os nossos valores”, acrescentou.

A Coreia do Norte já estava sujeita a diversas sanções internacionais, devido ao seu controverso programa nuclear.

*Com informações da Agência Brasil