“Consegue encurralar Lula no debate”, diz Cairo Salim sobre Caiado
12 novembro 2025 às 17h52

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- Com informações de Cilas Gontijo
O deputado estadual Cairo Salim (PSD-GO) comentou em entrevista ao Jornal Opção sobre a possibilidade de o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) ser o candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2026.
“É o nosso sonho. O Caiado é um nome importante porque consegue encurralar o Lula no debate. Ele tem uma pauta forte de segurança pública e resultados para mostrar em Goiás”, avaliou. Segundo o deputado, o desafio do governador está em consolidar alianças partidárias.
“Nessas eleições, não basta ter intenção de voto, é preciso ter um partido que apoie. A gente torce para que o União Brasil, junto com o PP, o apoie”, completou.
Ao comentar o debate sobre a proposta que equipara facções criminosas a organizações terroristas, Cairo Salim se posicionou a favor da medida, embora reconheça que o tema enfrenta resistência no governo federal.
“Eu sou a favor de chamar facção criminosa de organização terrorista. Mas o governo do PT não aceita esse tipo de nomenclatura. Então, se não quiserem chamar assim, que pelo menos aumentem as penas dos crimes. O importante é que esses meliantes apodreçam na cadeia”, defendeu.
O parlamentar ainda criticou o recuo do relator da proposta, deputado Derrite, que retirou o trecho que classificava as facções como terroristas. “O Derrite não suportou a pressão, mas tomara que no final dê certo e que tenhamos penas mais duras. No fim das contas, se chamar de terrorista ou não, pouco importa, o que importa é endurecer as penas”, afirmou.
Cairo Salim ainda defendeu uma união entre parlamentares de direita e esquerda no combate à criminalidade. “O crime não pode compensar no Brasil. Quem votou no Lula é assaltado, quem votou no Bolsonaro também é assaltado. O crime não escolhe lado”, resumiu.
Igreja Videira
Salim também afirmou que a Igreja Videira, da qual faz parte, não declara apoio a candidaturas majoritárias, como as de prefeitos, governadores ou presidente da República. Segundo o parlamentar, embora a Igreja mantenha diálogo com diferentes lideranças, sua postura é de neutralidade institucional.
“A Igreja Videira não declara apoio para prefeitos, governadores ou presidente da República. Ela está aberta para receber tanto o Daniel Vilela quanto outros candidatos ao governo”, explicou Salim.
O deputado reforçou, no entanto, que a comunidade religiosa tende a se identificar com candidatos de perfil conservador. “A Igreja, como uma entidade conservadora, tende a apoiar candidatos que também têm esse posicionamento”, afirmou.
Segundo Cairo Salim, o papel da Igreja nas eleições é orientar os fiéis por princípios, e não por nomes. “A Igreja orienta em princípios: vote em candidatos que defendam a família, que sejam contra o aborto, contra a ideologia de gênero e contra a legalização das drogas. Mas os membros são livres para votar em quem quiserem”, ressaltou.
“Não sou monotemático”, diz deputado sobre críticas a políticos evangélicos
Questionado sobre a crítica recorrente de que parlamentares evangélicos se limitam a pautas ideológicas, Cairo Salim rejeitou a generalização e destacou que seu mandato tem atuação ampla.
“Eu tenho um trabalho de defesa na área social, na saúde e na infraestrutura. Eu não sou monotemático. Existem, sim, candidatos que focam apenas na pauta de costumes, mas isso apequena o debate político”, afirmou.
Para o deputado, é preciso que a política aborde as demandas cotidianas da população. “O povo sofre com transporte coletivo ruim, falta de asfalto, desemprego. No final das contas, é isso que importa no dia a dia das pessoas”, completou.
Em busca da reeleição como deputado estadual, Cairo Salim afirmou que o objetivo é estar entre os mais votados de Goiás. “Estamos firmes trabalhando para concluir esse mandato e vir para ser um dos mais votados do Estado. Esse é o nosso alvo”, declarou.
O parlamentar também afirmou contar com apoio de segmentos diversos, além do público evangélico. “Temos apoio de igrejas católicas, segmentos organizados da sociedade, espíritas e até pessoas que não acreditam em Deus. Todos são cidadãos, pagadores de impostos, e merecem respeito e representação”, destacou.
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