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Petista, que segue em quarto nas pesquisas eleitorais, aposta na adesão da parcela indecisa do eleitorado, que segundo diz, não vota mais em Marconi Perillo ou Iris Rezende

antonio Gomide ibope
Antônio Gomide sobre apoio a Vanderlan Cardoso em hipotética ascensão do pessebista ao segundo turno: “Não trabalhamos com esta hipótese”

Candidato ao governo de Goiás pelo PT, o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide afirma que sua campanha já está sendo intensificada e que, no sábado, se concentrará na capital, em Anápolis e em Aparecida de Goiânia –– locais em que já se percebe a presença maciça de seus adversários, sobretudo do governador Marconi Perillo (PSDB), com bandeiraços de cabos eleitorais e cavaletes em diversos pontos, além de carros caracterizados com adesivos do tucano.

Em entrevista rápida ao Jornal Opção Online na manhã desta quinta-feira (18/9), pois a ligação caiu e não foi mais atendida até esta publicação, o petista rechaçou qualquer possibilidade de apoiar, por exemplo, o candidato pelo PSB, Vanderlan Cardoso, caso este, que está em terceiro nas pesquisas e obteve em alguns dos levantamentos recentes leve acréscimo de intenções de voto, ultrapasse o peemedebista Iris Rezende e se firme como segundo no ranking eleitoral. “Não trabalhamos com esta hipótese”, asseverou Gomide, dizendo-se confiante de que será ele quem enfrentará Marconi Perillo num possível segundo turno.

Todavia, o petista se diz aberto se o contrário ocorrer, ou seja, Vanderlan Cardoso aderir à campanha petista. “Quando estiver no segundo turno, vou buscar todos da oposição, pois temos pontos em comum: queremos mudar a forma de gestão de Goiás, que está há 16 anos nas mãos do mesmo grupo. É preciso renovação”, disse.

Antônio Gomide, bem como Vanderlan Cardoso, apostam suas fichas na decisão dos eleitores que nas pesquisas aparecem como indecisos. Para o petista, essa parcela do eleitorado representa aqueles que não votam mais na polarização PSDB-PMDB, o que o favorece. “É o voto da mudança”, sentencia confiante.

Questionado sobre a aparente baixa presença de sua campanha em Goiânia, onde não se vê com frequência cabos eleitorais ou cavaletes em pontos centrais, o candidato afirmou ser uma questão estrutural, mas alega já ter realizado duas carreatas na capital e que a intensificação se dará a partir da agenda de sábado.

Nos bastidores políticos é recorrente o comentário de que a baixa avaliação positiva da gestão do também petista Paulo Garcia em Goiânia seja encarada como um empecilho para esta atuação mais incisiva. Também comenta-se sobre a existência de um acordo no qual Gomide apoiaria Iris Rezende no segundo turno contra Marconi. Esse comentário tem por base o fato de o tucano e o peemedebista seguirem como primeiro e segundo nas pesquisas de todos os institutos que realizam levantamentos em Goiás. A análise dos responsáveis pelas pesquisas é que dificilmente este cenário mudará nas próximas duas semanas.