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A Polícia Federal cumpriu, neste sábado, 27, mandados judiciais na residência de Filipe Martins, ex-assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Ponta Grossa, no Paraná. A informação foi confirmada pela defesa do investigado.

Segundo o advogado Jeffrey Chiquini, os agentes estariam cumprindo uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar de Filipe Martins. A defesa classificou a medida como “absurda” e informou que irá recorrer da decisão.

Filipe Martins foi condenado no último dia 16 de dezembro pela Primeira Turma do STF a 21 anos de prisão por participação na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele integra o chamado “núcleo 2” da organização criminosa investigada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

A operação ocorre um dia após a prisão do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, no Paraguai. Vasques foi detido ao tentar fugir do país com documentos falsos e acabou expulso pelas autoridades paraguaias. Assim como Filipe Martins, ele também foi condenado pelo STF e faz parte do mesmo núcleo da trama golpista.

De acordo com a denúncia da PGR, o “núcleo 2” era responsável por gerenciar ações estratégicas do plano golpista, incluindo o uso de forças policiais para dificultar o processo eleitoral, o monitoramento de autoridades, a articulação com grupos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e a elaboração da chamada “minuta do golpe”, documento que previa a adoção de medidas de exceção no país.

Até o momento, a Polícia Federal e o STF não divulgaram detalhes oficiais sobre o cumprimento dos mandados ou sobre as condições da prisão domiciliar determinada ao ex-assessor.

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