Conceição Freitas e Nonô Noleto: grandes jornalistas estiveram no Opção
Bárbara Noleto
20 maio 2024 às 20h01
COMPARTILHAR
Em 2023, Conceição Freitas compartilhou uma foto onde está na redação do Jornal Opção com Laurenice Noleto, mais conhecida como Nonô. Ainda em preto e branco, a imagem mostra duas jovens mulheres que escrevem em máquinas de escrever.
Conceição relata que a imagem vem de sua primeira experiência profissional, onde foi estagiária. Enquanto isso, Nonô, que é alguns anos mais velha, conta que estava no fim da sua primeira década de experiência jornalística quando passou pelo Jornal Opção.
Segundo Nonô, na época, a sede do jornal ficava na rua 90, no Setor Sul. Ela também compartilha que a foto deve ser de 1979, pois ela se lembra da cobertura feita pelo jornal sobre a volta dos exilados da ditadura militar.
Hoje, com mais idade, experiência e memórias compartilhadas ao longo da amizade duradoura, Nonô e Conceição continuam unidas, conversando, rindo e se visitando com certa regularidade.
A nova geração de mulheres da comunicação pode levar esses dois exemplos de profissionalismo e qualidade literária para suas vidas.
Após o Jornal Opção
Depois, de terem se conhecido na redação do jornal goiano, ambas jornalistas partiram em suas jornadas, escrevendo livros e jornais. Elas trabalharam juntas novamente em Brasília, alguns anos mais tarde, no Correio Brasiliense.
Nascida em Manaus, Conceição Freitas é jornalista, cronista e autora de três livros: “Só em Caso de Amor — 100 Crônicas para Conhecer Brasília”, “Amantíssima” e “Bravos Candangos”. Ela guarda uma coleção de 11 prêmios no jornalismo, inclusive um Prêmio Esso Nacional. Seus livros retratam a cultura brasileira, os cenários e a cidade de Brasília e a liberdade feminina.
Nonô Noleto foi a primeira jornalista mulher do O Popular e editou o primeiro telejornal de notícias da TV Brasil Central. E ainda cobriu a Constituinte pelo jornal Folha de São Paulo e pelo Correio Braziliense. Atualmente, a jornalista tem seis livros publicados, sendo o mais famoso o “Flores no Quintal – Memórias de sonhos e de lutas” (2015). Nessa obra, a jornalista narra a conjuntura política e a movimentação do país antes, durante e depois do golpe militar a partir do romance real vivido por ela e Wilmar Alves.
Leia também:
8 de março: conheça histórias de mulheres que ousaram lutar contra a ditadura em Goiás
Lançamento do livro “60 anos do golpe, gerações em luta” acontece em abril
