Comissão de Ética aprova relatório que pede cassação de Eduardo Cunha
14 junho 2016 às 17h54

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Aprovado por 11 votos a 9, processo contra o deputado federal afastado agora vai ao plenário. Peemedebista é acusado de quebra de decoro parlamentar

Por 11 votos a 9, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (14/6), o relatório do deputado Marcos Rogério (DEM-RO) que recomendava a cassação do mandato do deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para ele, não restam dúvidas de que ele é o beneficiário das contas na Suíça, ou seja, tem sim recursos no exterior.
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Até a votação, a expectativa era sobre o voto da deputada federal Tia Eron (PRB-BA) já que ela faltou à sessão da última semana e era considerada aliada de Cunha. Em discurso inflamado durante a reunião, ela criticou quem reclamou do fato de ela não ter adiantado o voto e disse que resolveria “o problema que os homens não conseguiram resolver”.
Tia Eron não só votou contra Cunha como também influenciou outros a fazerem o mesmo. Um dos aliados do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, Wladimir Costa (SD-PA), mudou seu voto depois da manifestação da colega. Anteriormente, aliados do peemedebista acreditavam que ele teria dez votos à seu favor.
Cunha é acusado de mentir durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, ao afirmar que não tinha contas no exterior. O processo contra ele foi registrado pela Rede e pelo PSOL em outubro do último ano, pedindo sua cassação por quebra de decoro parlamentar.
Agora, a defesa de Cunha deve recorrer da decisão e acusar a Comissão de Ética de ter cometido excessos e erros durante o processo. Seus aliados também pretendem tentar reduzir a pena de perda de mandato para uma suspensão de três meses. O processo segue para votação em plenário e para que o mandato dele seja cassado, é preciso maioria absoluta, ou seja, pelo menos 257 votos.