Para ministro, permanência do Coaf no Ministério da Justiça é estratégica

Foto: Reprodução | Lula Marques

A comissão especial para analisar a Medida Provisória que montou o governo de Jair Bolsonaro (PSL) no início do ano aprovou, na manhã desta quinta-feira, 9, a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça para o Ministério da Economia. Dos 25 parlamentares que votaram, 14 apoiaram a medida. A matéria agora deve passar pelo plenário da Câmara dos Deputados e do Senado antes de entregar em vigor.

A demanda uniu partidos do centrão e da oposição na última semana . A princípio, o líder do governo no Senado e relator da MP, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), estava aberto a negociações, mas foi orientado pelo governo a não tirar o Coaf do ministro Sergio Moro . No relatório que apresentou nesta terça-feira, ele manteve o órgão na pasta da Justiça, mas foi derrotado hoje por uma emenda articulada entre líderes do PT, PR, PP e DEM.

Moro tem defendido a permanência do Coaf em suas mãos. Segundo ele, é importante aproximar o órgão de inteligência financeira da Polícia Federal, do Ministério Público e das polícias estaduais. Ontem, o ministro afirmou em uma audiência pública na Câmara que o Coaf sofria “descuido” quando estava submetido à Economia. (Com informações de O Globo)