Comércios e shoppings vão reabrir dia 6 de junho; lojas da 44 devem aguardar até dia 13
28 maio 2020 às 16h57

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Data será cravada após reunião do Centro de Operações Emergenciais com a Prefeitura, que definirá segmentos a serem reabertos

Ainda na próxima segunda-feira, 1º de junho, o Centro de Operações Emergenciais (COE), que conta com infectologistas e especialistas na área sanitária de enfrentamento à Covid-19, deverão decidir junto à Prefeitura de Goiânia quais os próximos segmentos a terem as atividades retomadas a partir do dia 6. É esperada a ampla reabertura do comércio varejista, shoppings e profissionais liberais.
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Conforme informou o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) Rubens Fileti, a Prefeitura havia apresentado a proposta para que alguns segmentos reabrissem a partir do dia oito de junho. Entretanto, a Acieg sugeriu antecipação da data para seis de junho para aproveitar melhor o dia dos namorados, já que é uma data tão importante para o varejo.
Ele explica que o seis de junho só será cravado, de fato, após reunião do COE. No entanto, se mantém otimista quanto à manutenção deste dia. “Está previamente acordado que o varejo, shopping, profissionais liberais já devam prosseguir com sua reabertura cumprindo uma série de requisitos e protocolos para que tenham o máximo de segurança possível para a população”, explicou Rubens.
Ele conta que os shoppings estão preparados para uma reabertura segura e que vão conseguir cumprir com todos os protocolos sanitários para prevenir a propagação do novo coronavírus. “Inclusive há estudos com o Hospital Sírio-Libanês que irão ajudar na execução deste protocolo. O shopping, ao contrário do que muitas pessoas falam, que seria muito perigoso, é um dos locais mais fáceis de fazer o controle”, afirmou.
“Temos o controle de todos que entram, todos que saem e todos que circulam. Fica muito mais fácil de fazer os controles. Provavelmente o horário de funcionamento dos shoppings serão reduzidos. Há várias propostas que estão em alinhamento, mas uma delas é o shopping abrir às 12h e fechar às 20h”, falou. “De uma forma bem reduzida o horário de funcionamento, uso de máscaras, temperaturas medidas de todos que entrarem nos shoppings, também todo o apoio do estudo do Hospital Sírio-Libanês, que está auxiliando na reabertura de outros shoppings pelo Brasil inteiro”, disse o presidente da Acieg.
Segundo Rubens, a reunião desta quinta superou as expectativas do comércio, que não vislumbrava retorno. “Assim como a Prefeitura tem seus dados epidemiológicos, a Acieg também tem feito seus controles, e ainda mais controle econômico por macrorregiões e microrregiões. Isso mostra que o diálogo com a Prefeitura está dando certo e não tem como ser diferente. Para ter segurança e responsabilidade de tudo dar certo, tem que haver essa parceria dos dois lados, do Poder Público e da iniciativa privada.”
Região da 44
À princípio sem um primeiro aceno da Prefeitura para retorno das atividades, a Região da 44 é uma das que mais tem sofrido com o fechamento das atividades econômicas. Especialmente por ser um dos polos mais movimentados do país e, de repente, vivenciar um apagão causado pelo vírus. Entretanto, desta vez a gestão deu um indicativo que a região poderá retornar a partir do dia 13 de junho.
“Estamos extremamente felizes. Tanto tempo nessa situação sem uma resposta. Muito bom. Foi ótimo. Melhor seria dia 6, mas dia 13 contempla. Já são 70 dias parados. Isso incomoda qualquer um. Entendemos que a decisão foi pertinente, foi salutar”, declarou Jairo Gomes, presidente da Associação da Região da 44 (AR44).
Para ele, não incomoda que diferente do restante do comércio, a região tenha o prazo de sua reabertura prolongado. “Nossa região é diferenciada do resto da cidade por ter foco no atacado. Temos varejo? Temos. O atacado também não vai vir agora, porque uma das minhas discussões foi exatamente a não vinda dos turistas de compra nesse primeiro momento. Então o atacado não vem”, afirmou.
“Vamos trabalhar com o público da cidade, que é cerca de 25% a 30%, que não está muito disposto a comprar roupas. Nós sabemos que nossa situação é diferente. Não vamos voltar a ser o que éramos da noite para o dia, mas pelo menos temos data para uma reabertura”, disse Jairo.
O fato da região não ser contemplada antes do feriado do Dia dos Namorados não incomoda. “Não nos preocupa. Precisamos é voltar. Nosso foco é atacado. Sabendo que não teremos o turismo de compra neste primeiro momento, mas em breve vai vir”, falou.
“É um trem que saiu do trilho. Estamos colocando esse trem de volta no trilho para saber poder saber qual marcha temos de engatar para poder fazer a retomada. Devagar, com segurança, cumprindo com as 24 medidas sugeridas por nós ao Comitê de Crise para trazer mais segurança sanitária para a região e mais responsabilidade”, pontuou Jairo.