Comércio encerra 2020 com confiança do empresário em queda
19 dezembro 2020 às 16h37

COMPARTILHAR
Realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, última pesquisa do ano, apontou queda de 0,5%, no principal mês de venda do ano

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), trouxe um dado negativo em sua última pesquisa. Apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou a confiança do empresário em queda de 0,5% em dezembro, alcançando 108,5 pontos. O índice é a primeira redução desde junho, quando havia registrado a mínima histórica. No acumulado do ano, o índice de confiança permanece na zona de avaliação positiva, mas ainda está 20 pontos abaixo do nível pré-pandemia. A queda é influenciada pela redução das expectativas para o curto prazo e das intenções de investimentos.
Na visão de José Roberto Tadros, presidente do CNC, apesar do crescimento real de 3,4% na expectativa de consumo em dezembro, alguns fatores ainda pesam para a queda na confiança observada na pesquisa. “A redução no valor do benefício emergencial e pressões sobre os custos e preços são fatores que ajudam a explicar essa pequena redução observada na confiança”, avaliou.
Responsável pela pesquisa, a economista do CNC, Izis Ferreira, também aponta o auxílio emergencial como um dos fatores de redução no índice de confiança. Além do fim do benefício, o agravamento da pandemia injetou mais incertezas no setor de comércio e será um desafio para a recuperação nos próximos meses.
Desde julho, a avaliação dos comerciantes quanto ao desempenho econômico vem melhorando. Entretanto, 69,2% consideram que as condições estão piores do que há um ano, indicador que havia alcançado 71,4% em novembro. A leve queda no pessimismo é reforçada pelos resultados do PIB no terceiro trimestre e a perspectiva de novo aumento no último trimestre do ano.
A pesquisa também mostrou que a intenção de contratação pelo varejo diminuiu (-0,2%) após cinco meses de evolução. A intenção de contratar pelo comércio caiu em todas as regiões do País, exceto no Norte.
