Com mais chances de disputar o governo, Vitor Hugo já fala em propostas
27 fevereiro 2022 às 08h10

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Pré-candidato aponta pautas econômicas, em defesa da saúde pública, educação e saúde
Pré-candidato ao Governo de Goiás, o deputado federal Major Vitor Hugo (PSL), já está consolidado como o candidato de Jair Bolsonaro ao governo de Goiás. Na preparação para a oficialização da candidatura, Vitor Hugo conta ao Jornal Opção que já possui uma equipe técnica para levantar as principais demandas e traçar soluções ao governo de Goiás. Até o momento, suas principais pautas perpassam pela economia, com investimentos privados e privatizações.
Como uma de suas principais pautas, o deputado defende que é preciso “diminuir o Estado” para se ter uma carga tributária menor e simplificada. Em justificativa à principal pauta de privatização, a da Saneago, o deputado disse que o orçamento para a venda seria de mais de R$ 9 bilhões. “Quanto menor o Estado, mais enxuto e mais eficiente é”.
Vitor Hugo também enxerga grande potencial estratégico da área militar em Goiás. Ele aponta quatro projetos militares: a aeronave de cargas KC-390, da Força Aérea Brasileira (FAB) e um avião tipo caça, ambos de Anápolis (GO), o Comando de Operações Especiais em Goiânia e o Centro de Instrução de Artilharia de Mísseis e Foguetes em Formosa. “Esses quatro projetos injetam milhões de reais em Goiás por ano, e a gestão do Ronaldo Caiado (União Brasil) ainda não conseguiu atrair empresas para girarem em torno desses projetos, como pessoal de recursos humanos ou fábricas para peças”, justificou.
Vitor Hugo cita também o aeroporto de cargas de Anápolis como um “elefante branco”, ou seja, algo que é valioso e que custou dinheiro público, mas que não possui utilidade. Além disso, o deputado afirma que as áreas do turismo, mineração e agronegócio também possuem potencial de atuação.
Para a área de segurança pública, o deputado defende uma maior valorização dos policiais, com aumento salarial imediato após as promoções. Na educação, ele afirma que suas pautas abraçam o aumento do número de colégios militares e a implementação de um colégio militar do Exército em Goiás. Para a pandemia, apesar de condenar os fechamentos dos comércios aplicados no estado para combater o vírus, ele disse que afirma torcer pelo fim e poder viver o momento de pós-pandemia no futuro governo. Além disso, caso seja eleito, o deputado defende o equilíbrio entre as medidas sanitárias e econômicas. “Nossa intenção é seguir na orientação do governo federal, estar atento ao número de leitos, fornecimento de respiradores e sem asfixiar a economia”, diz.
Apesar do desejo de derrotar seu adversário, Ronaldo Caiado (UB), no pleito, o deputado ainda não tem um partido. Ainda que o deputado afirma ter conversado com outros partidos, sua preferência é pelo Partido Liberal, atual sigla de Bolsonaro. Os encontros com outros líderes de diretórios já são na intenção de uma aproximação, mas o desejo dele é pelo PL “Acho que seria o alinhamento ideal com o presidente [Bolsonaro], acho que isso vai se consolidar nas próximas, só precisamos resolver alguns detalhes”, fala.
No que concerne a sua aliança com Bolsonaro e o fato de se considerar o candidato ideal para representar a direita conservadora em Goiás, Vitor Hugo critica tanto o atual governador do estado, Ronaldo Caiado (UB), quanto o prefeito de Aparecida de Goiânia e pré-candidato ao governo, Gustavo Mendanha (sem partido). Vitor Hugo, inclusive, bate na tecla sobre o alinhamento à esquerda de Gustavo Mendanha “Com as coligações que ele fez, quando um prefeito coliga com PT, PCdoB, PSB, PDT e PV, isso aí pra mim é uma administração clara de que ele não sabe, ou sabendo, ignora, tudo o que a esquerda fez no país e ia fazer caso voltasse ao poder. Vitor Hugo afirma ainda que tenta equilibrar as críticas entre os dois políticos.
De acordo com o major, Gustavo Mendanha não representa a direita em Goiás “Há entrevistas em que ele debocha do presidente Bolsonaro, fazendo críticas e ele rindo e achando graça do que o apresentador estava falando. Ele mesmo afirma que não tem paixão pelo presidente”. O deputado ainda critica a neutralidade de Gustavo Mendanha em relação aos presidenciáveis Jair Bolsonaro e Lula (PT) e aponta um isolamento do aparecidense “os bolsonaristas perceberam que ele tinha coligado com partidos de esquerda e ficaram desconfiados, e os esquerdistas, com os quais ele tinha proximidade, quando ele sinalizou que iria para o PL, também desembarcaram. É a consequência que se tem quando você não toma uma posição”.
Apesar do diretório do PL em Goiás, comandado por Flávio Canedo e Magda Mofatto, ter declarado apoio a Gustavo Mendanha independentemente de filiação, Vitor Hugo sinaliza um certo distanciamento entre a deputada e o prefeito de Aparecida de Goiânia “Percebi um certo abandono depois do resultado da última pesquisa. Acho que ela tinha uma expectativa de que o Gustavo fosse melhor nas pesquisas e o Marconi Perillo saiu na frente”.