Com desempate de Clécio, CEI isenta Iris Rezende por irregularidades na Saúde de Goiânia
18 maio 2018 às 11h41

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Voto em separado foi apresentado pelos vereadores Paulo Daher (DEM), Carlin Café (PPS) e Anderson Bokão (PSDC)

O prefeito Iris Rezende (MDB) ficou isento, nesta sexta-feira (18/5), das acusações de irregularidades apuradas pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde. O relatório final pedia indiciamento do prefeito de Goiânia em quatro itens de casos apurados pela comissão.
Três vereadores, Carlin Café (PPS), Paulo Daher (DEM) e Anderson Bokão (PSDC), apresentaram voto em separado para que se retirasse o nome do emedebista. Votaram contra o pedido os vereadores Dra. Cristina Lopes (PSDB), Elias Vaz (PSB) e Jorge Kajuru (PRP). Com o empate, coube ao presidente da comissão, vereador Clécio Alves (MDB) decidir, e ele desempatou favorável ao prefeito.
Em seu voto, o presidente justificou que se trata de “um homem que foi eleito pelo povo para gerir Goiânia e que encontrou a prefeitura em frangalhos, destruída, totalmente desorganizada”. “A minha opinião quanto a secretária [Fátima Mrué] é de conhecimento de todos, mas achar que indiciar o prefeito por situações desta gestão e de gestões anteriores vai ajudar a resolver a questão, na minha opinião é um equívoco”, disse.
No caso da denúncia de irregularidade em contrato com a empresa NEO Soluções para gerir a frota da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foram indiciados a secretária Fátima Mrué, o ex-secretário Rodrigo Melo e o ex-diretor administrativo da SMS Luiz Antônio Teófilo.
SMS
Cinco vereadores acompanharam o voto do relator, o vereador Elias Vaz (PSB), e aprovaram o pedido de afastamento da secretária municipal de Saúde Fátima Mrué. Paulo Daher (DEM) foi o único que votou contra o pedido.
O relatório aponta má gestão por parte da secretária. “A falta de gestão se manifesta em diversas frentes. Na perda de recursos, como os do governo federal destinados ao SAMU e no desperdício do dinheiro público, como nos casos de latas de leite especial para crianças com validade vencida”, diz o texto, entre outros pontos.