Com a alta do dólar no mercado, goianos devem pagar mais caro em alguns produtos
13 março 2020 às 12h12

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“Essa volatilidade da moeda é algo que jamais vimos antes”, considerou o especialista e um dos sócios da LHX Câmbio, Thiago Nemézio

Os efeitos do coronavírus no mercado financeiro continuam gerando grandes incertezas no mundo dos investidores. O dólar comercial, por exemplo, têm sido negociado, neste momento, acerca de R$ 4,66. No entanto quem estiver pensando em adquirir a moeda para turismo deverá pagar um valor médio de R$ 5,00 nas casas de câmbio espalhadas pelo Brasil.
Segundo o especialista e um dos sócios da empresa LHX Câmbio de Goiânia, Thiago Nemézio, não há como ter certeza a respeito da manutenção, ou não, destes valores no mercado. “Essa volatilidade [variação de preço] da moeda é algo que jamais vimos antes”, considerou.
Mas quais seriam os reflexos desta variação, sejam eles positivos ou negativos, no bolso do consumidor, em especial dos goianos? De acordo com o especialista, produtos do ramo alimentício como queijo, bebidas importadas, chocolate e trigo, por exemplo, tendem a sofrer uma alta nos preços com a crescente da moeda americana.
Outros produtos que poderão ser atingidos nos próximos dias são, segundo ele, o eletrônicos como celulares, notebooks e outros. Além disso, o dólar também impacta no preço do combustível. Mas neste caso, o especialista tranquiliza: “O preço do petróleo nas refinarias tende diminuir dando uma balanceada [na disparada]”.
Meio a este cenário, a saída de produtos do Estado também tende a ser afetada. No entanto, neste caso, de maneira positiva. O especialista explica que produtos como soja, carne bovina tendem a ser valorizados com a alta do dólar no mercado. “Apesar das exportações sofrerem uma diminuição com a demanda da China represada, existe esse contrapeso”, explicou.
Apesar da volatilidade do dólar nos últimos dias, ainda não se sabe se os impactos chegarão às prateleiras. “Não houveram grandes oscilações nos preços ainda, mas se continuarmos em um patamar alto, certamente isso irá impactar no preço dos produtos. A volatilidade está altíssima não sabemos onde ela irá parar”, pontuou.