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A jornalista Catherine Moraes, colunista do Jornal Opção, conquistou o primeiro lugar no Prêmio CDL de Jornalismo, com uma reportagem publicada no jornal. A matéria, que também conta com a autoria da jornalista Kamylla Rodrigues, abordou as iniciativas de revitalização e reocupação do Centro de Goiânia, tema que tem movimentado debates urbanísticos e culturais nas últimas décadas.

Segundo a autora, o trabalho teve como ponto de partida o fechamento da Rua 8 para pedestres nos fins de semana, um projeto da vereadora Ava Santiago.

“Essa matéria foi sobre essa tentativa, uma das inúmeras tentativas das últimas décadas de revitalização e de reocupação do Centro de Goiânia. A gente puxou pelo fechamento da Rua 8 para pedestres no final de semana, que é um projeto da Ava Santiago, mas a gente também fez questão de mostrar que esse projeto não é único, não é exclusivo e que não vai funcionar sozinho”, explicou Catherine.

Ela, que publicou a reportagem juntamente com a jornalista Kamylla Rodrigues, ressaltou que outras iniciativas também buscam revitalizar o Centro, como o projeto Viva Centro, de Kátia Maria (PT).

“A gente tem o projeto da Kátia Maria, por exemplo, que é o Viva Centro, que já destinou mais de R$ 1 milhão em emendas para o Centro. Esse trabalho de revitalizar e reocupar passa pela Câmara Municipal, pela Prefeitura de Goiânia, e também precisa ser abraçado pelo poder privado e pela população. Não existe reocupação e revitalização do Centro se a população não acreditar nisso. Então é muito bonito ver o Centro voltar a viver e voltar a pulsar”, afirmou.

Catherine destacou ainda o surgimento de novos empreendimentos na região, algo que, segundo ela, não ocorria há mais de duas décadas.

“Tem mais de 20 anos que o Centro não recebia novos empreendimentos, novos apartamentos. E hoje as demandas são completamente diferentes da época em que os apartamentos que hoje existem no centro foram construídos. Antigamente não tinha, por exemplo, uma demanda de lazer no prédio, então tem toda uma diferença, toda uma mudança que o Centro tem passado.”

A reportagem contou também com entrevistas e contexto histórico. “Eu e a Kamylla ouvimos um historiador para contar um pouco da história do Centro, enfim, como é que ela se entrelaça com a história da cidade. E esse movimento é nacional. Salvador, Recife, São Paulo, o próprio Rio de Janeiro são cidades que têm tentado revitalizar e reocupar o Centro, garantindo segurança e tirando essa imagem de um centro abandonado e marginalizado.”

Catherine reforçou que, mais do que um trabalho jornalístico, o tema reflete um sentimento de pertencimento à cidade. “Acho que, como moradora da cidade, a gente precisa acreditar nisso, e a sociedade precisa topar, precisa embarcar.”

A jornalista também comentou sobre o orgulho em ter o trabalho reconhecido. “Foi um prazer muito grande ganhar o Prêmio CDL. Foi a primeira vez que eu concorri ao prêmio, e concorremos com grandes repórteres. Então, fica aqui uma felicidade muito grande.”

A reportagem premiada contou ainda com uma galeria exclusiva de fotos antigas do Centro de Goiânia, cedidas pelo Museu de Imagens e Sons, muitas delas publicadas pela primeira vez.

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