O período de recesso escolar de fim de ano mantém a demanda por atividades de acolhimento e lazer para crianças, especialmente entre famílias que seguem em rotinas intensas de trabalho.

Em Goiânia, iniciativas como a Colônia Azul, do Sesc Goiás, e a programação de férias da escola bilíngue Fly Elementary School Casa de Vó mostram formatos distintos de atendimento, mas com foco comum em segurança, recreação dirigida e adaptação às necessidades dos participantes.

Entre os dias 16 e 19 de dezembro, o Sesc Goiás promove a Colônia Azul 2025, voltada a crianças e adolescentes neurodivergentes de 5 a 15 anos. A ação gratuita ocorre no Sesc Universitário, das 13h às 17h, seguindo o tema “Divertipicamente”.

As inscrições seguem até 12 de dezembro, de forma presencial, mediante apresentação de documentos do responsável, do participante e laudo médico, CIPTEA ou RG com indicação de neurodiversidade. As vagas são limitadas, e os responsáveis devem permanecer na unidade durante toda a programação.

A edição reúne atividades como slackline, escalada, rapel, futebol de sabão, gincanas nas piscinas, oficinas criativas, contação de histórias, desafios de raciocínio, sessões de cinema, Festa das Cores e oficinas de gastronomia.

Segundo o Sesc, todas as vivências são planejadas para que as crianças participem no próprio ritmo. O coordenador do evento, Dione Rezende, afirma que a proposta é criar um ambiente confortável e acessível.

“Nosso objetivo é criar um ambiente onde todos se sintam pertencentes e livres para se divertir sem padrões ou comparações”, disse. O presidente da Fecomércio, Marcelo Baiocchi, destaca que a colônia busca ampliar o acesso ao lazer para famílias goianas.

Já o diretor regional do Sesc, Leopoldo Veiga Jardim, ressalta que o planejamento considerou necessidades individuais dos participantes.

Fly Elementary School relata comportamento das famílias e organização pedagógica

A Casa de Vó Fly Elementary School, que também realiza colônia de férias, informa que a procura no fim do ano costuma ser menor em comparação ao recesso do meio do ano. Segundo a direção, isso ocorre porque muitas famílias aproveitam o período para viagens, especialmente para destinos de praia.

Ainda assim, há demanda consistente de responsáveis que precisam de suporte enquanto trabalham. De acordo com a escola, a maior parte das inscrições vem de famílias que já frequentam a instituição, embora novos participantes também cheguem por meio de divulgação.

“A procura tem sido boa, até porque é uma necessidade das famílias da atualidade”, afirma a coordenação. As atividades mais procuradas são aquelas que envolvem água, infláveis e brincadeiras consideradas mais dinâmicas.

A programação é dividida por faixas etárias:

  • Grupo A: 2 e 3 anos
  • Grupo B: 4 a 6 anos
  • Grupo C: 7 a 10 anos

Cada grupo recebe atividades adequadas ao desenvolvimento e ao nível de autonomia esperado para a idade. A escola informa que as colônias são conduzidas por assistentes que atuam diariamente com os alunos durante o ano letivo.

Essas profissionais passam por treinamentos que incluem primeiros socorros, conduta pedagógica e cuidados emocionais. “Elas já têm todo o convívio com as crianças e já passaram por todos os treinamentos da escola”, afirma a direção.

A estrutura física da unidade, projetada para atender crianças com diferentes demandas de desenvolvimento, também é utilizada para garantir segurança durante as atividades, incluindo para participantes externos.

A escola destaca que as colônias de férias têm acompanhado tendências que circulam entre as crianças, como oficinas de tie-dye, slime ou customização de objetos.

Ao mesmo tempo, há resgate de brincadeiras tradicionais, incentivado também pelos próprios responsáveis, que desejam apresentar aos filhos experiências de sua infância.

Entre as atividades recorrentes estão oficinas de pipa, pular elástico, caça ao tesouro, pintura em pedras, bandeirinha e outras dinâmicas de movimento e exploração. Segundo a equipe, esse equilíbrio entre o novo e o nostálgico aumenta o engajamento dos participantes.

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