Cirurgia bariátrica trata diabetes, hipertensão, e melhora quadros de infertilidade, diz especialista
29 setembro 2019 às 15h00
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“Estamos tratando uma doença crônica, e a cirurgia é o melhor tratamento para quem é portador de obesidade”

A obesidade é uma doença crônica cuja prevalência vem aumentando na população mundial. A principal causa desse mal são os hábitos alimentares ruins, e o sedentarismo; dessa forma, o tratamento deve ser voltado ao controle de peso por meio da adoção de práticas mais saudáveis.
Entretanto, não é fácil para as pessoas obesas mudarem totalmente de hábitos e reduzirem o peso de forma gradual, e por isso, muitas vezes incluem medicamentos para auxiliar no tratamento. Uma Alternativa, mais rápida e emergencial em alguns casos, é a cirurgia bariátrica, que além de fazer com a pessoa volte ao peso ideal, trata de patologias associadas, como explica o cirurgião bariátrico, Leonardo porto Sebba.
“Ela [cirurgia bariátrica] trata de uma forma positiva o diabetes; a hipertensão; apneia do sono; esteatose hepática; melhora os quadros de infertilidade, que normalmente acomete obesos; e diminui as chances de submissão a cirurgias ortopédicas, de quadril e de joelhos, porque o peso vai causando artrose, por exemplo”.
Para o especialista, a cirurgia é muito mais eficaz em relação à perda de peso e à manutenção da perda de peso, do que qualquer outro tratamento: “Infelizmente, os tratamentos medicamentosos são temporários, e com inúmeros efeitos colaterais. Estamos tratando uma doença crônica, e a cirurgia é o melhor tratamento para quem é portador dessa obesidade mais avançada”.
Alguns estudos apontam para a possibilidade de o paciente submetido à cirurgia bariátrica ganhar peso novamente, mas Sebba esclarece que isso só acontece em pacientes que não mudaram seus hábitos de vida. E reitera: “Pode haver uma recidiva da obesidade, mas de forma geral, muito menor do que paciente tinha antes de operar”. “A cirurgia é muito positiva”, conclui.
Por fim, o médico explica que a cirurgia é indicada para pessoas com Índice de massa corpórea (IMC) acima do recomendado, e/ou com comorbidades associadas, e que é considerada de sucesso, quando a perda de peso é superior a 50% do excesso.